quinta-feira, 11 de abril de 2013

EVITE GAFES NAS VIAGENS DE TRABALHO


Pega mal fazer turismo durante uma viagem a trabalho? E entregar a conta do frigobar para a empresa? O que vestir nas reuniões fora do país? Essas dúvidas são comuns entre os profissionais que estão se preparando para fazer a primeira viagem de trabalho.

“Os erros cometidos durante a viagem trazem danos à imagem do profissional, que com certeza vão atrapalhar sua carreira dentro e fora da organização”, afirma Irene Azevedo, consultora da LHH/DBM.
Carlos Ferraz, especialista em gestão de pessoas, indica o uso de um roteiro detalhado, com um planejamento caso aconteça imprevistos. “O profissional deve ser proativo e se programar para cumprir todos os compromissos”, diz.

Para Cíntia Bortotto, consultora em recursos humanos, essas situações também podem afetar a empresa.
“As gafes ou viagens mal organizadas podem trazer grandes impactos como o vazamento de informações, a baixa produtividade e até mesmo um investimento que não terá resultados", diz. Segundo ela, a companhia deve ter uma política para viagens, para que o funcionário seja orientado e saiba como proceder em diversas situações.

VEJA 10 DICAS PARA NÃO EVITAR GAFES NAS VIAGENS DE TRABALHO

1) Abusar do networking
 

Segundo os especialistas, os funcionários não devem aproveitar a viagem e o networking para buscar novas oportunidades. “Fazer networking durante a viagem é positivo, mas procurar emprego em outras empresas é uma gafe”, afirma a consultora em recursos humanos Cíntia Bortotto.

Ela ressalta que quando o empregador perceber que o colaborador está em uma viagem de trabalho vai pensar que ele poderá fazer a mesma coisa no novo emprego. “O uso adequado desta rede de relacionamentos é o que demonstra profissionalismo e bom senso. Abusar do networking é um erro por si só enorme”, lembra Irene Azevedo.

2) Fazer passeios em vez de trabalhar

“Isto é terminantemente proibido, viagem a trabalho é viagem a trabalho”, afirma Cíntia. Ela ressalta que passeios só são permitidos se houver um feriado ou um final de semana no meio do trabalho.

“Fazer citytour em horário comercial é furada e demonstra falta de responsabilidade”, comenta Ferraz. Para quem não poderá passar o fim de semana no local, ele indica uma agenda noturna. Jantares e concertos são boas opções.

3) Falar mal da empresa ou dos colegas

“Se perguntado sobre os problemas da companhia, diga que estão passando por uma fase de análise e ajustes. Não é bom falar mal e isso ainda demonstra despreparo”, alerta o consultor de gestão de pessoas Eduardo Ferraz.

Cíntia lembra que falar mal da empresa é uma gafe em qualquer situação.

A especialista ainda ressalta que os profissionais devem tomar cuidado com detalhes confidenciais e comerciais durante a viagem. “Cabe ao colaborador cuidar das informações da empresa.”

4) Ficar indisponível para a empresa

Para Irene, essa atitude demonstra falta de comprometimento e de profissionalismo. “Mesmo que o funcionário esteja de férias e alguém da empresa liga, o que custa retornar? Retornando você constrói uma imagem de profissionalismo.”

De acordo com Ferraz, não atender ligações ou atrasar relatórios e informações importantes são falhas graves.

“Avise com antecedência os horários em que poderá receber ligações e combine quando os relatórios serão enviados", diz o consultor.

5) Chegar atrasado nas reuniões

De acordo com os especialistas, os colocaboradores não devem chegar atrasados ou sair mais cedo das reuniões.

“Chegar atrasado, em qualquer situação, mostra falta de cuidado com os interlocutores, então é preciso pensar na imagem que você quer passar”, reforça Irene.
Ferraz reitera que usar o fuso horário como desculpa ou ir embora por estar cansado são atitudes imperdoáveis. “Programe-se com antecedência e adapte-se aos horários locais."

6) Usar verba da empresa para compromissos pessoais

Cíntia ressalta que as regras para viagens devem ser informadas ao profissional. “Tudo deve ficar muito claro entre empresa e colaborador”.

Ela lembra que algumas empresas oferecem uma ‘compensação singela’ já que o colaborador vai ficar fora de casa e ele pode utilizar a verba da forma que preferir. “Meu conselho é seguir a política de viagens da empresa”, completa.

Programas pessoais como cinema, teatro, compras e hospedagem extra devem ser pagos com o próprio dinheiro. “Isso pode levar a demissão. É uma má utilização dos recursos”, diz Irene.

7) Abusar do frigobar

Segundo Ferraz, o funcionário deve ter bom senso. “Comer lagosta todo dia e fazer massagem no spa devem ser por sua conta”, alerta. Mas, se o profissional não teve tempo para comer, ele pode usar o frigobar. “É preciso ter um motivo real para essas despesas”, comenta Irene.

Já usar o telefone para ligações pessoais é uma atitude vista como natural pelas especialistas. “Vamos lembrar que a pessoa está fora de casa e precisa saber como as coisas estão. O que não pode é haver abuso”, ressalta Cíntia.

8) Usar roupas inadequadas

Se vestir como se estivesse de férias é uma das gafes mais cometidas em viagens, de acordo com os especialistas. “Um profissional tem sempre que ter em mente que sua aparência também determina seu posicionamento na organização”, lembra Irene.

O consultor Ferraz ressalta que a sobriedade deve ser mantida pelo funcionários. “Mesmo em convenções, seja sóbrio ao se vestir”, recomenda.
  

9) Abusar de festas e confraternizações

Cíntia lembra que enquanto está trabalhando, o profissional representa a empresa. “Quando você está fora de seu ambiente de trabalho, pode fazer o que deseja”, afirma. “Esse erro acontece com frequência e é um dos piores para a imagem do profissional”, ressalta Irene.

Ela lembra que quando há uma festa ou confraternização corporativa, o funcionário não pode esquecer que também está no trabalho.

10) Ignorar cultura e costumes locais

Ferraz indica o estudo dos hábitos, horários e costumes dos locais e das pessoas com quem o profissional vai trabalhar. “Além de causar boa impressão, mostra profissionalismo e respeito.”

Nos casos em que as viagens são para países da África ou Ásia, onde as culturas são muito diferentes da brasileira, Irene ressalta que é preciso pesquisar para se adaptar ao local. “Se não fizer isso, a pessoa poderá criar uma barreira que pode impedi-la de atingir os objetivos da viagem.”

 

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