terça-feira, 25 de junho de 2013

SINDICATO DOS MÉDICOS CONVOCA PARALIZAÇÃO GERAL

Diário de Pernambuco

O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) está organizando uma paralisação das atividades para esta terça-feira. De acordo com os sindicalistas, deverão cruzar os braços todos os médicos que atuam em serviços eletivos (ambulatórios e Saúde da Família) que atuam em unidades municipais, estaduais e federais. Os atendimentos em urgências e emergências, em hospitais e UPAs, no entanto, serão mantidos.

A decisão teria sido tomada após o anúncio em rede nacional da presidenta Dilma Rousseff de que iria trazer milhares de médicos estrangeiros para atuar no Brasil. Uma assembleia foi marcada para as 14h no Memorial de Medicina, no bairro do Derby,  para discutir as próximas ações da mobilização. A reunião, que já estaria marcada com médicos da Prefeitura do Recife, foi estendida a toda a categoria.

De acordo com o presidente do Simepe, Mário Jorge Lobo, o pronunciamento da presidenta Dilma atropelou uma negociação que vinha sendo realizada entre as entidades nacionais e o Ministério da Saúde. Desde que o governo federal anunciou que traria médicos estrangeiros para atuar no Brasil sem a exigência do Revalida, um exame que testa os conhecimentos dos profissionais e concede-lhes o direito de atuar no País, que foi criado um grupo de trabalho para discutir o assunto. Este grupo é formado pelo Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB).

"As entidades médicas não são contra a vinda de médicos formados no Exterior, desde que realize a prova de revalidação de diplomas desses profissionais formados no exterior (Revalida) para fazerem um atendimento de qualidade. O médico brasileiro que quiser trabalhar em outro país deve ser aprovado em rigorosos exames", enfatizou Mário Jorge.  Segundo ele, não é uma solução estrutural para um dos problemas que mais afligem o brasileiro, a qualidade do atendimento público de saúde. O problema não é número de médicos e, sim, a falta de políticas públicas para fixar esse profissional em pequenas cidades e citou a carreira de Estado, através de concurso público nos municípios para fixar os profissionais.

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