quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

CORRENTES AINDA TENTA SE RECUPERAR



Ponte pode ficar pronta em 90 dias, diz prefeito.
(Foto: Reprodução/ TV Asa Branca)
Quase quatro anos depois da enchente que destruiu parte de Correntes, no Agreste pernambucano, a cidade ainda vive em meio a vários problemas de estrutura e de assistência às famílias desabrigadas. Uma das principais queixas da população é a ponte sobre o Rio Mundaú, cujas novas pilastras já foram fixadas.

Enquanto esperam a conclusão desta obra, a população utiliza uma ponte de madeira. “É arriscado, porque quando chove a pessoa não pode passar. Quem está pra lá não pode passar pra cá, e quem está pra cá não pode passar pra lá”, contou a agricultora Maria Betânia, que passa pela estrutura todos os dias, com as filhas. Além da demora, moradores apontam como problema a altura da ponte em construção. “Baixíssima até demais. Não dá. Do jeito que está aqui, tem que botar outra em cima, para quando a água vir não bater nela”, diz a dona de casa Ieda Silva.

Dentre os casos de falta de assistência, está o do aposentado Antônio Domingos, de 84 anos. Ele perdeu a casa na enchente e não está recebendo o auxílio. “Estou morando na casa de um filho meu. Recebi não [o benefício]. No começo ainda saiu uma besteira, não foi? De lá pra cá, acabou-se tudo”. Ele e demais moradores que perderam as residências também não receberam as moradias prometidas pelos governos. Nenhuma das 502 casas foram entregues.

A Prefeitura de Correntes informou que 350 residências estão prontas e que poderá entregar todas as unidades habitacionais até junho. Sobre a assistência financeira, o prefeito do município, Edmilson da Bahia, diz que os moradores não teriam feito o recadastramento necessário para receber. Porém, por meio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), os dados deles foram atualizados e "encaminhamos para o estado, para a Casa Militar, e estamos esperando um retorno positivo, para que todas essas pessoas voltem a receber os auxílios-aluguéis", afirma o chefe do Executivo.

Acerca da ponte, o prefeito diz que a obra pode ficar pronta em 90 dias. "E, quanto à questão da altura, o engenheiro responsável alega que a ponte vai ficar da mesma altura da ponte anterior", concluiu.

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