quinta-feira, 18 de julho de 2013

SURTO DE DIARRÉIA ATINGE 25 CIDADES DE ALAGOAS



De acordo com o último boletim da Vigilância Epidemiológica, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), os números de óbitos registrados em decorrência do surto de diarreia que afeta 24 municípios alagoanos já chegaram a 45 até o dia 17 deste mês.

Segundo o levantamento do Centro de Vigilância da Saúde, de 1º de janeiro até 17 de julho, foram registrados 73.453 casos de diarreia no estado. O número é bem acima do que foi constatado em 2012, onde foram contabilizados 37.656 casos, e demonstra um crescimento de 77% de notificação da doença de uma ano para o outro.

“Diante desta realidade, intensificamos o monitoramento buscando os registros da doença nos municípios para atuar de forma mais efetiva no combate. Para isso, técnicos da secretária estão acompanhando os casos nos hospitais e por telefone junto as secretarias municipais. Materiais para exames laboratoriais estão sendo disponibilizados e rios monitorados por conta da água. Principalmente aqueles oriundos de Pernambuco, onde houve registro de cólera no ano passado”, disse a coordenadora da Vigilância Sanitária Estadual, Sandra Canuto.
De acordo com o relatório, dos 102 municípios alagoanos, 25 encontram-se em epidemia, 46 em situação de alerta e apenas 29 dentro da normalidade.

Os que apresentam surto de diarreia são: Água Branca, Arapiraca, Batalha, Cacimbinhas, Canapi, Craíbas, Estrela de Alagoas, Girau do Ponciano, Igaci, Major Izidoro, Maragogi, Maravilha, Mata Grande, Minador do Negrão, Olho d’Água das Flores, Olivença, Palmeira dos Índios (que apresenta situação crítica, com 8.583 casos notificados), Pariconha, Poço das Trincheiras, Quebrangulo, Santana do Ipanema, São José da Tapera, Taquarana e Traipu.

Óbítos

As 45 mortes por diarreia foram registradas em: Palmeira dos Índios (11 óbitos), Estrela de Alagoas (9), Santana do Ipanema (5), Olho d’Água das Flores (2), Olivença (2), Maceió (2), Água Branca (2), Maragogi (2); e Cacimbinhas, Canapi, Carneiros, Inhapi, Porto Calvo, Mata Grande, Ouro Branco, São José da Tapera, União dos Palmares, Rio Largo com 1 morte. Do total, 42% das vítimas foram do sexo masculino e 58% do feminino.

Causas

Ao investigar as causas da epidemia Sandra Canuto expôs que o longo período de estiagem obrigou muitas famílias a buscar fontes alternativas de água. “Muitas dessas fontes – cacimbas, poços, rios e  inclusive alguns carros pipas – estavam com a água contaminada por bactérias e vírus, contaminando a população. O resultado foi o surto, que só será combatido com ações educativas e o tratamento dos doentes”, disse.

O Ministério da Saúde enviou a Alagoas 7.500 caixas de hipoclorito de sódio para distribuir nos municípios. Isso corresponde a 375 mil frascos, que serão distribuídos entre as cidades.

Além disso, representantes da Secretaria de Saúde Alagoas estiveram em Brasília para uma reunião com integrantes do Ministério da Saúde para discutir medidas de combate o problema, que vem se alastrando no estado.

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