Blog da Folha
Agência Brasil
Os 11 candidatos à Presidência da República que
concorrem às eleições deste ano informaram ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) que devem gastar juntos R$ 916,7 milhões durante a
campanha eleitoral. O número expressa o limite de despesas que eles
pretender ter, informação que candidatos que concorrem a todos os cargos
em disputa devem informar obrigatoriamente à Justiça Eleitoral, ao
pedirem os registros de candidatura.
De acordo com as informações entregues ao TSE, a candidata à
reeleição, Dilma Rousseff (PT), declarou que o limite de gastos de sua
campanha será R$ 298 milhões. Aécio Neves (PSDB) pretende gastar R$ 290
milhões. Eduardo Campos (PSB) previu limite de R$ 150 milhões. Eduardo
Jorge (PV) gastará até R$ 90 milhões.
O limite de gastos do candidato Pastor Everardo (PSC) é R$ 50
milhões. José Maria Eymael (PSDC) declarou R$ 25 milhões e Levy Fidelix
(PRTB) informou gastos de até R$ 12 milhões. Os candidatos à Presidência
que devem gastar menos na campanha são: José Maria de Almeida (PSTU),
R$ 400 mil; Luciana Genro (Psol), 900 mil; Rui Costa Pimeira (PCO), R$
300 mil, e Mauro Iasi (PCB), R$ 100 mil.
De acordo com a Lei das Eleições (Lei 9.504/97), os candidatos são
obrigados a informar à Justiça Eleitoral o limite de gastos na campanha,
devido à ausência de uma lei específica para limitá-los. Se o candidato
não respeitar o teto estabelecido, poderá ser condenado a pagar multa
de cinco a dez vezes o valor extrapolado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a julgar a limitação, por
meio da proibição de doações de empresas privadas, em uma ação impetrada
pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em abril, no entanto, após
formada a maioria a favor da restrição, o ministro Gilmar Mendes pediu
vistas do processo e o julgamento foi interrompido, sem prazo para ser
retomado.
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