Jornal do Commercio
Teresa Leitão está em Brasília e ainda aguarda reunião com a cúpula nacional do PTFoto: Clemilson Campos/Acervo JC Imagem |
O PT de Pernambuco continua em busca de
posições no governo Dilma Rousseff. Parte da cúpula do partido foi até
Brasília esta semana para acompanhar a posse do segundo mandato da
presidente, e a intenção era conseguir uma agenda com a própria Dilma ou
com o presidente nacional da legenda, Rui Falcão. Mas o primeiro de
janeiro passou, Dilma não teve espaço e Falcão retornou para São Paulo,
onde é deputado estadual. Resta agora, aos pernambucanos, aguardar as
acomodações no segundo escalão do governo federal.
Uma primeira reunião com Rui Falcão foi
realizada há duas semanas. No entanto, não houve nenhuma resposta
positiva por parte de Falcão. A indecisão deixou o clima tenso dentro da
legenda.
O “pedido” do PT-PE perdeu um pouco de força com a ausência do
senador Humberto Costa, que tirou dez dias de férias.
“Não depende só dele (Rui Falcão). Ele
está recebendo muitos pleitos. Mas saímos com uma sinalização positiva
para Pernambuco”, afirmou a presidente do PT-PE, Teresa Leitão. “Temos
quadros capacitados, que já participaram do governo federal, estadual e
municipal”, acrescentou.
Nesse hall, constam os nomes de João Paulo, que
perdeu a disputa para Senado, e dos candidatos a deputado federal que
não foram eleitos Pedro Eugênio, Fernando Ferro, João da Costa, Mozart
Sales e Dilson Peixoto.
Segundo Teresa, na reunião com Rui
Falcão, não foram especificados nomes e espaços que os petistas
pernambucanos poderiam ocupar. Ela permanece em Brasília até
quarta-feira, e aposta em um retorno de Rui Falcão à capital federal
para tratar do assunto.
Para o vice-presidente estadual da
legenda, Bruno Ribeiro, a indefinição do governo causa preocupação no
grupo. “Isso nos preocupa, mas mantemos a confiança. Tem um grau de
tensão.
Demos uma vitória política importante, mas também queremos
prioridade na execução de propostas”, declarou.
O diretório estadual acredita que,
apesar do resultado das urnas no primeiro turno das eleições deste ano,
em que não conseguiu eleger nenhum deputado federal, reduziu a bancada
estadual e não elegeu o candidato ao Senado, João Paulo, o partido
recuperou-se na segunda etapa do pleito, dando a Dilma a maior vitória
proporcional do País, com cerca de 70% dos votos.
Ocupar cargos de destaque no governo
federal seria uma forma de fortalecer o partido no Estado e ampliar a
visibilidade da legenda para as eleições de 2016. “Precisamos desse
suporte importante para dar visibilidade ao partido, que não terá
representante na Câmara Federal”, complementou Teresa Leitão.
Apesar de não ter sido apresentada uma
lista com as preferências de cada um, especula-se que Pedro Eugênio
possa ser acomodado no Ministério de Reforma Agrária, Ferro na Chesf
(atualmente controlada pelo PP) e Mozart retorne à Saúde ou ocupe alguma
diretoria da Hemobrás.
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