terça-feira, 9 de junho de 2015

SUPOSTO FAVORECIMENTO A ALIADOS

Blog de Jamildo

Foto: Williams Aguiar/Divulgação

O deputado da oposição Álvaro Porto (PTB) soltou críticas às medidas de contenção de despesas do governo de Pernambuco. Apontando incoerências, o oposicionista afirmou que o corte de R$ 4 milhões na festa de São João é uma falácia. Porto também apontou que os critérios do governo para o financiamento de shows no interior favorecem prefeituras de aliados políticos, repassando dinheiro para shows de artistas de fora de Pernambuco.

Segundo o deputado, passados os festejos juninos, ele entrará com novo pedido de informação à gestão estadual sobre os gastos com shows.

De acordo com Porto, entre março e maio, o governo empregou R$ 2,2 milhões em shows realizados em eventos. O deputado também aponta indícios de superfaturamento nos contratos das atrações continuam a aparecer.

Naquela época, ele denunciou que um mesmo artista (ou uma mesma banda) foi contratado por valores que variaram de acordo com o local do show. As diferenças acabaram indicando que houve superfaturamento e, consequentemente, prejuízos para o estado.

Segundo ele, uma análise dos dados do Diário Oficial derruba o discurso oficial de que os repasses para as festas de padroeiros e de emancipação de municípios estão suspensos. “Não estão. Muito dinheiro continua sendo usado nesses eventos”, completou.

Vice-líder da oposição, o petebista salientou ainda que entre os artistas e bandas contratadas entre março e maio estão as chamadas “atrações de fora”, cujos cachês superam facilmente a casa dos R$ 100 mil reais. “Quer dizer: o governo anunciou o corte de verbas para o apoio a festas juninas dos municípios, limitou os contratos aos músicos da terra, mas não deixou de bancar shows com artistas nacionais”.

E, para o deputado, os critérios utilizados pelo governo para o financiamento dessas festas demonstram ser políticos, uma vez que os municípios beneficiados são, via de regra, aqueles que têm prefeitos integrantes da base de apoio do governo Paulo Câmara.

“Nessa história de contenção de gastos o que a gente vê, na realidade, é uma encenação das mais descaradas: o governo aproveitou a visibilidade do São João para posar de preocupado com gastos, mas não deixou de agradar aos aliados quando achou que devia fazê-lo”, criticou o deputado.

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