Blog da Folha
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) apresentou no plenário da
Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na tarde desta
quarta-feira (11), relatório que alerta para o crescimento da dívida do
Executivo estadual com os respectivos fornecedores de materiais e
prestadores de serviços, o que aponta para a possibilidade de incremento
desmedido do gasto com restos a pagar em 2016. De acordo com o texto,
somando os serviços realizados e os materiais entregues de janeiro a
outubro, há um débito de R$ 645,6 milhões com as empresas contratadas,
valor 102% maior que o somado no mesmo período do ano passado, montante
correspondente a R$ 319 milhões.
Os dados foram apurados no Portal da Transparência do Governo do
Estado. Diante deles, a parlamentar afirmou que vê com preocupação o
crescimento “significativo do passivo”. “Se as condições continuarem
como estão, é temerário, mas possível, que cheguemos em janeiro de 2016
com um débito de um bilhão de reais apenas com os contratos para
custeio, o que é muito ruim para a sustentabilidade das contas públicas.
Essa é uma bola de neve cuja malignidade não se pode nem imaginar as
proporções, até porque as apostas para o ano que vem se derretem a olhos
vistos”, disse.
Ao explicar os dados, Priscila afirmou que comparou os empenhos
devidamente liquidados pelo governo aos pagos. Entre as unidades
orçamentárias mais devedoras, segundo a democrata, destaca-se o Fundo
Estadual de Saúde (passivo de R$ 219,78 milhões), Secretaria de Educação
(R$ 101,34 milhões), Secretaria Executiva de Ressocialização (R$ 27,68
milhões) e Secretaria de Defesa Social (R$ 27,49 milhões).
Priscila ainda citou o caso do Instituto Materno Infantil Professor
Fernando Figueira (Imip) para exemplificar situações em que as empresas
já realizaram os serviços ou forneceram materiais, mas que ainda não
receberam do Governo. Segundo a deputada, a entidade tinha, até o final
de outubro, um crédito de R$ 30,37 milhões.
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