quinta-feira, 28 de novembro de 2013

ESTUDO ALERTA PARA RISCO DE DENGUE NA COPA




Um estudo publicado na revista "Nature" desta semana recomenda que o governo brasileiro tome medidas capazes de neutralizar o risco de dengue durante a Copa do Mundo-2014.
A pesquisa foi feita por Simon Hay, renomado especialista em doenças infecciosas da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

Segundo a investigação, o risco vinculado ao vírus transmitido por um mosquito será maior em três cidades-sede da competição no nordeste: Fortaleza, Natal e Salvador.
Em outras cidades, a temporada de dengue poderia culminar antes do Mundial, previsto entre os dias 12 de junho e 13 de julho. "Infelizmente, durante este período, o risco segue sendo alto no nordeste", disse Hay, em comentário publicado no periódico científico.

"As autoridades brasileiras deveriam implementar medidas para controlar os focos em abril e maio, especialmente nos estados do norte do país, para reduzir a quantidade de mosquitos transmissores da dengue", continuou o especialista.

Induzido por um vírus transmitido na picada do mosquito, a dengue provoca inicialmente sintomas parecidos com os da gripe. Em alguns casos, podem acontecer complicações que resultam numa dengue hemorrágica, podendo ser mortal. Não existe vacina.
 
Doenças de fora do Brasil

Hay alertou também do risco teórico para os brasileiros da possibilidade de visitantes de fora do país trazerem tipos do vírus contra os quais a população local pode ter baixa imunidade.
Em 20 de novembro, o Brasil registrou 573 casos de morte por dengue no ano, contra 292 em 2012 e 472 em 2011.

A maior incidência de casos mortais se deu em Minas Gerais, seguido por São Paulo (72), Goias (58), Ceará (54) e Rio de Janeiro (48).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para o fato da dengue estar se expandido, impulsionada pelo aumento do turismo e da globalização do comércio, e 40% da população mundial está atualmente ameaçada.

Entre 50 e 100 milhões de infecções com dengue ocorrem no mundo a cada ano, de acordo com dados da OMS. Em 1970, a doença era endêmica em apenas nove países.

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