quinta-feira, 28 de maio de 2015

PRISCILA KRAUSE APONTA QUEDA DE REPASSE FEDERAL PARA PE

Diário de Pernambuco

Levantamento apresentado ontem pela deputada estadual Priscila Krause (DEM), durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa, aponta que o primeiro quadrimestre de 2015 registrou o menor repasse de verbas federais para convênios voluntários desde 2008, quando chegou a apenas R$ 24,6 milhões. O relatório foi elaborado pela equipe técnica da democrata com dados do Portal da Transparência do governo federal e revela que de R$ 1,44 bilhão previsto para o ano, o estado só captou R$ 70,6 milhões nestes primeiros quatro meses, o equivalente a 4,8%.

A parlamentar utilizou, a título de comparação, a série histórica dos últimos oito anos. Em relação ao mesmo período (janeiro a abril) de 2014, a queda foi de 53%, quando o estado captou R$ 147,17 milhões. Na comparação com 2013 a redução é ainda maior e chega a uma diferença de 72% (R$ 252,08 milhões há dois anos). “Se continuarmos nesse ritmo, teremos dias ainda mais difíceis pela frente. É preciso que as forças políticas de Pernambuco se unam em defesa do estado”, afirmou.

A vice-líder da oposição, deputada Teresa Leitão (PT), elogiou o modo como a democrata apresentou o problema, mas fez questão de blindar o governo federal de culpa no processo. “Parabenizo vossa senhoria por tratar a questão de forma profunda, sem vinculações partidárias para uma crise que não é de Pernambuco, não é do Brasil e que vem se alastrando pelo mundo por adequação do modo capitalista de organizá-lo desde 2008. Como foi dito aqui, a responsabilização não resolve. Até resolve no embate político, mas para tomar medidas, não resolve. Estamos aqui para tentar resolver. O relatório, ao mesmo tempo que mostra atraso para a concessão dos convênios, mostra também a presença forte e contínua do governo federal em Pernambuco”, destacou.

Já o líder do governo na Assembleia, deputado Waldemar Borges (PSB), fez questão de salientar as dificuldades enfrentadas pelo contingenciamento orçamentário imposto pela União. “A gente vem de oito anos de muita responsabilidade no trato das finanças públicas. Estamos conseguindo ainda enfrentar adversidades, como essa tragédia da queda dos repasses federais, que hoje tendem a zero. Isso é lamentável, pois atinge diretamente a capacidade de investimento do estado”.

O socialista destacou que, apesar do quadro, o governo continuará realizando investimentos. “A gente deve estar aportando, entre investimentos e inversões, algo em torno dos R$ 300 milhões neste quadrimestre, o que é um esforço muito grande”, ponderou Waldemar Borges.

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