Blog da Folha
Um dia depois de montar um palanque e dizer que estava em comício, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (28)
que, “se for necessário”, será candidato novamente em 2018.
A declaração foi feita em entrevista à “Rádio Itatiaia” em Montes
Claros, no norte de Minas Gerais, onde Lula estreou uma série de viagens
que pretende fazer pelo Brasil para tentar recuperar a popularidade do
PT e da presidente Dilma Rousseff.
Questionado se seria candidato em 2018, ele não descartou a
possibilidade. “Não posso dizer que sou, nem que não sou [candidato].
Sinceramente, espero que tenha outras pessoas para serem candidatas”,
afirmou. “Agora, uma coisa pode ficar certa. Se a oposição pensa que vai
ser candidata e que vai ganhar, que não vai ter disputa e que o PT está
acabado, ela pode ficar certa do seguinte: se for necessário, eu vou
para a disputa e vou trabalhar para que a oposição não ganhe as
eleições.”
É a primeira vez que Lula admite a possibilidade, já manifestada
abertamente pela direção do PT desde o segundo turno das eleições
presidenciais de 2014. Ao comentar a Operação Lava Jato, o ex-presidente
negou que ele ou Dilma soubessem de um esquema de pagamento de propinas
na Petrobras.
“Eu até gostaria de ter sabido antes. Eu não sabia, a Polícia Federal
não sabia, a imprensa não sabia, o Ministério Público não sabia, a
direção da Petrobras não sabia”, afirmou.
“Só se ficou sabendo depois que houve um grampeamento e pegou um tal
de Youssef [Alberto Youssef], que já tinha passagem pela polícia,
falando com outros caras.” Após Montes Claros, Lula seguiu para Belo
Horizonte e participará de um evento organizado pela CUT nesta sexta.
Ele também se reúne com o governador Fernando Pimentel (PT).
Na tarde de quinta (27), Lula também se encontrou a portas fechadas
com prefeitos da região. Ele recebeu uma homenagem e, segundo presentes,
afirmou que o país sairá da situação de crise “muito antes do
previsto”.
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