Inaldo Sampaio
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva,
deixou os estúdios do SBT em São Paulo, ontem, onde participou de um
debate com outros seis presidenciáveis, como verdadeira “popstar”.
Ela foi cercada por um batalhão de jornalistas, deixando o candidato
do PSDB, Aécio Neves, numa situação de quase ostracismo, pois quase
ninguém quis entrevistá-lo.
Marina polarizou o debate com a presidente Dilma Rousseff, refletindo
o que ora dizem as pesquisas de opinião: que ambas estarão no segundo
turno.
A candidata do PSB chegou aos estúdios acompanhada por dois assessores de Pernambuco: Maurício Rands (PSB) e Sérgio Xavier (PV).
Transmitido ao vivo pela televisão, pelo rádio e pela internet, o
debate foi pautado, principalmente, pela discussão sobre o cenário
econômico do país, que está em “recessão técnica” (dois semestres
seguidos sem crescer).
É que dados divulgados IBGE na última sexta-feira, 29 de agosto,
revelam que a economia brasileira encolheu 0,6% no segundo trimestre de
2014, em comparação com o trimestre anterior.
Marina disse que o atual cenário econômico é fruto da dificuldade do governo para reconhecer os seus próprios erros.
Questionada por Dilma Rousseff sobre de onde viria o dinheiro para
cumprir seus principais promessas de campanha – investir 10% do PIB em
saúde e em educação, construir escolas de tempo integral no Brasil
inteiro e instituir o passe livre para estudantes da rede pública –
Marina disse o seguinte:
“Para subsidiar os juros dos bancos, as pessoas não se preocupam em
saber de onde vem o dinheiro, mas para aplicar 10% na educação, para que
os nossos jovens tenham igualdade de oportunidades, para o passe livre,
vem essa pergunta. O que vamos fazer são as escolhas corretas”,
afirmou.
Questionada pelo repórter Fernando Rodrigues sobre o que ganhou até
agora dando palestras – R$ 1,6 milhão -, embora sem revelar quais são os
seus clientes, Marina Silva respondeu que o que entrou na sua conta
bancária foi fruto de um trabalho honesto e transparente.
“Eu vivo honestamente do meu trabalho, e nunca busquei cargos
públicos para sobreviver. E a Receita Federal é testemunha de que eu
pago meus impostos com transparência”, disse ela.
Marina disse também que não revela quem são seus clientes devido a
uma cláusula de “confidencialidade”, mas se eles (clientes) quiserem
mostrar a cara, ela não faz qualquer restrição.
O debate reuniu, além de Marina Silva, Aécio Neves (PSDB), Dilma
Rousseff (PT), Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB, Luciana Genro
(PSOL) e o pastor Everaldo Pereira (PSC).
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