Estadão
Principal aliado da presidente Dilma Rousseff na terra de Marina
Silva, o governador do Acre, Tião Viana (PT), candidato à reeleição, se
nega a seguir a receita de seu partido para desidratar a candidata do
PSB, favorita para vencer as eleições num eventual segundo turno. Ele
diz que não vai criticar a ex-ministra na campanha e apontar eventuais
contradições de seu discurso, embora reconheça, segundo sondagens da
própria legenda que ela já tomou a dianteira das pesquisas no Estado.
"Não falo mal da Marina", avisa, acrescentando que isso não lhe faria
bem. Amigo da ex-ministra, Tião tem o apoio dela e do PSB no Estado. Um
confronto poderia ainda prejudicá-lo nas eleições locais. Ele garante,
no entanto, empenho por Dilma. "A Marina nasceu aqui, cresceu aqui e ela
tem uma relação de amizade com a gente. É uma pessoa que respeitamos. O
Eduardo Campos, em vida, declarou publicamente apoio ao nosso projeto. A
Rede não lançou candidato (no Acre). O esposo dela (Fábio Vaz de Lima,
ex-secretário adjunto que deixou o governo para ajudar na campanha da
presidenciável) faz a campanha para mim. Temos essa questão de coerência
e de respeito. Agora, nossa luta intensa é pela eleição da presidenta
Dilma", diz o governador.
Segundo Viana, Marina está ganhando um espaço de votação expressivo no
Acre. "Ela está na faixa de 44% e a presidenta Dilma, na faixa de 34%
(segundo pesquisa diária feita pelo PT, concluída anteontem). O Aécio
tem 17%", diz ele.
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