quinta-feira, 2 de outubro de 2014

CAI SECRETÁRIO DE RESSOCIALIZAÇÃO DE PERNAMBUCO

Jornal do Commercio


O governador João Lyra Neto deseja ver o juiz pernambucano Humberto Inojosa no comando da Secretaria-Executiva de Ressocialização, a Seres, em substituição ao coronel Romero Ribeiro, exonerado hoje por causa da revelação do Jornal do Commercio de que uma detenta descumpriu as exigências da prisão domiciliar e participou da campanha da esposa do agora ex-secretário a vereadora de Olinda em 2012. Mônica Ribeiro foi eleita pelo PDT para o primeiro mandato na Câmara contando com a ajuda de Elide Silva Santos, condenada por ter sido mandante de um homicídio.

Depois de uma longa reunião a portas fechadas com os secretários Luciano Vásquez (Casa Civil) e Bernardo D’Almeida (Desenvolvimento Social e Direitos Humanos), o governador decidiu pela exoneração de Ribeiro e pensou no nome de Inojosa. De 2008 a 2013, ele foi o indicado pelo Judiciário para integrar o Comitê Gestor do Pacto pela Vida. Como magistrado, o pernambucano não poderia assumir cargo no Executivo. Mas está prestes a se aposentar da toga, o que viabilizaria a indicação.

Na comunicação do Ministério Público estadual (MPPE) à 1ª Vara de Execuções Penais denunciando a violação da prisão domiciliar, duas fotos foram anexadas como prova do engajamento de Elide Silva na campanha da então candidata a vereadora. Na imagem acima, Mônica Ribeiro aparece ladeada pelo marido e por Elide Silva Santo.

Na ocasião, o casal Ribeiro visitara a detenta em casa. “Olinda será bem representada e o Estado tem um secretário à altura de seu cargo. Obrigada meus amigos por me darem essa força e incentivo para superar tudo o que aconteceu em 2012 na minha vida”, escreveu ela, numa mensagem postada no dia 15 de setembro de 2012, poucos dias antes da eleição, agradecendo a visita do casal a sua residência.

Elide Silva era monitorada por tornozeleira eletrônica. As violações do perímetro que ela não podia ultrapassar foram registradas pelo centro de monitoramento da Seres. Mas as infrações não foram comunicadas à 1ª Vara de Execuções Penais, para que o benefício fosse suspenso, como determina a lei. Depois que o MPPE fez a denúncia à Justiça, a detenta perdeu o direito da prisão domiciliar e voltou ao regime fechado.

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