FolhaPE
A manhã desta quarta-feira (25), segundo dia de audiência de
instrução do assassinato do promotor de Itaíba, Thiago Faria, ocorrido
no Agreste, em 2013, contou com cinco depoimentos, entre eles o do pai
de Mysheva Martins, Lourival Freire Ferrão Filho. As ouvidas vão
prosseguir até a sexta-feira (27), quando a juíza da 4º Vara Criminal,
Amanda Torres de Lucena Diniz Araújo, vai decidir se o julgamento irá a
júri popular.
A sessão ocorre no edifício-sede da Justiça Federal em Pernambuco, no
bairro do Jiquiá, na Zona Oeste do Recife. No depoimento, que foi feito
através de videoconferência, na unidade da Justiça Federal, em
Garanhuns, no Agreste, o pai de Mysheva Martins declarou que José Maria
Rosendo é o culpado, já que, na época, ele seria a única inimizade do
promotor. O dono de um bar na região, Adalberto Guilherme Barbosa,
também prestou depoimento. Por videoconferência, ele falou que ouviu, de
um homem chamado Edinho, que queriam matar o promotor. Ele disse que
não procurou a polícia porque não tinha como provar.
A terceira ouvida da manhã foi da tia de Mysheva, Cláudia Tenório Freire
Melo. Ela, que prestou depoimento no Recife, confirmou que o dono do
bar tinha falado que queriam matar o promotor.
Porém, Adalberto só
informou isso depois que Thiago tinha sido assassinado. A quarta ouvida
foi uma videoconferência com um amigo de José Maria Rosendo. Marlos
Henrique Camilo prestou depoimento de Santana de Ipanema, em Alagoas. O
homem disse que José Maria foi na casa dele dias após o crime. Ele
também confirmou que recebeu a visita de José Marisvaldo da Silva,
conhecido como Passarinho, que é suspeito de ser um dos executores.
O último depomento, que começou por volta do meio-dia, foi o de
Reginaldo Feitosa. No dia do crime, a testemunha estava de carro com a
família e viu quando Mysheva pedia socorro na estrada. Segundo ele, ela
chorava muito e gritava que tinham matado o noivo dela. Reginaldo levou
Mysheva e o tio para o Hospital de Águas Belas. Ainda segundo ele, os
ferimentos de Mysheva eram nas pernas. Ainda durante a manhã, José Maria
Cavalcanti, que é suspeito de ser um dos executores, passou mal e
precisou ser atendido pelo Samu.
No primeiro dia da audiência de instrução, prestaram depoimentos as duas
vítimas que sobreviveram ao atentado: a noiva da vítima, Mysheva, e tio
dela Adauto Martins. Além deles, mais cinco testemunhas de acusação
prestaram esclarecimentos. O promotor Thiago Faria Soares foi morto no
dia 14 de outubro de 2013, no quilômetro 15 da PE-300, que liga as
cidades de Itaíba e Águas Belas, no Agreste do Estado. A noiva da vítima
e do tio dela não foram feridos.
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