Blog da Folha
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) convocou os seus eleitores para participar da manifestação que ocorre no
próximo domingo (15). No Facebook, a democrata diverge de muitas pessoas
que vão ao protesto e pede cautela sobre o pedido do impeachment contra
a presidente Dilma Rousseff (PT). “Para mim, trata-se (o impeachment)
de artifício constitucional “sagrado” a ser levado em conta quando todos
– absolutamente todos – os critérios jurídicos estiverem
caracterizados”, disse Priscila.
Leia a nota na íntegra:
Domingo o Brasil vai pra rua – e peço para compartilharem essa
postagem, divulgando ainda mais o movimento – sem bandeira de partido ou
de candidato nessa ou naquela eleição. Sem representar os velhos
rótulos que, massacrados sobre alguns, tenta macular e descredenciar.
A gente vai pra rua, na paz, fazer coro e volume contra o mais ousado
e grandioso complexo de corrupção que tomou do povo brasileiro o que
tanto tempo demoramos para construir: a solidez econômica e política que
nos proporcionou por anos acordarmos e dormirmos acreditando
(acertadamente) estarmos na direção certa. Estávamos. Esse caminho
virtuoso ficou para trás. Os fundamentos da economia desabam na nossa
cara. Privatizaram para si a Petrobrás!
A corrupção deliberada e orquestrada por membros políticos da cúpula
central do Planalto, pilar do desacerto desse início de governo Dilma,
precisa ser desafiada por alguém. E esse alguém somos nós.
Nosso coro é
democrático: mais pessoas, mais força. Mais manifestações, mais pressão
pela mudança. E é – objetivamente – esse o recado que vamos dar. Sobre a
discussão do impeachment, não acredito que essa seja a motivação
central das manifestações do domingo.
Para mim, trata-se de artifício constitucional “sagrado” a ser levado
em conta quando todos – absolutamente todos – os critérios jurídicos
estiverem caracterizados. Esse é um processo que exige cautela, menos
emoção e mais objetividade, e está sendo observado de perto. Pelo bem da
nossa jovem democracia. Jovem democracia que sairá maior da nossa
manifestação. Da manifestação pacífica da classe média, dos mais pobres,
das elites, do universitário, do profissional liberal, enfim, de todos
que juntos deixarão claro, dia 15, que queremos voltar a enxergar com
clareza o nosso futuro. Roubaram o nosso patrimônio, mas não roubarão a
nossa força, a nossa voz.
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