FolhaPE
A conta de luz vai ficar mais cara em Pernambuco a partir da próxima
quarta-feira (29). O reajuste médio de 11,25% foi autorizado pela
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na manhã desta quarta (22),
mas as novas tarifas serão sentidas pelos 3,4 milhões de clientes da
Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) a partir de maio.
Os consumidores atendidos em baixa tensão, que representam 99% dos
consumidores da companhia e incluem os clientes residenciais, terão um
aumento médio de 11,44%. Já os consumidores industriais e comerciais de
médio e grande porte, atendidos em alta tensão, terão reajuste de
10,91%, em média.
Um consumidor residencial convencional que consome 100 kWh/mês, por
exemplo, terá sua conta reajustada de R$ 50,12 para R$ 55,70. Já o
residencial baixa renda, com o mesmo consumo de 100 kWh/mês, terá o
valor alterado de R$ 19,16 para R$ 21,34. Os clientes residenciais
classificados como baixa renda contam com o benefício da Tarifa Social,
que garante um desconto de até 65% sobre o valor da fatura. Esses
consumidores correspondem a 35% do total de clientes residenciais da
Celpe.
Os reajustes tarifários anuais estão previstos no contrato de concessão
das distribuidoras. São mecanismos de correção monetária e também de
atualização dos custos não gerenciáveis pela distribuidoras como os
referentes a compra da energia junto aos geradores, custos de
transmissão e encargos setoriais.
Além dos valores de tarifas fixados pela Aneel, são cobrados na conta de
energia, ainda, os impostos (ICMS, PIS e Cofins) e as bandeiras
tarifárias. Conforme definido pela administração municipal, também é
cobrada na conta de energia a contribuição de iluminação pública (CIP),
tributo repassado pela Celpe diretamente para as prefeituras municipais,
que são as responsáveis pelos serviços de projeto, implantação,
expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública.
Os encargos setoriais e impostos têm uma grande participação nos custos
da tarifa de energia elétrica, representando 37,2% do valor tarifário.
Já as despesas com a compra e transmissão de energia respondem por
40,8%. Cabe à Celpe os 22% restantes para cobrir os custos de operação,
manutenção, administração do serviço e investimentos. Isso significa
que, para uma conta de R$ 100, por exemplo, R$ 22, em média, fica com a
Celpe para operar e expandir todo o sistema elétrico no estado.
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