segunda-feira, 13 de abril de 2015

PROVA DA COMPRA DE VOTOS CONTRA PEDRO CORRÊA

Folha de São Paulo - Aguirre Talento

Jonas Aurélio de Lima Leite, ex-funcionário da fazenda do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), declarou à Polícia Federal que documentos apreendidos na 11ª fase da Operação Lava Jato são comprovantes da compra de votos por parte de Corrêa.

Corrêa foi preso por conta da última fase da Lava Jato, suspeito de receber recursos do doleiro Alberto Youssef oriundos do esquema de corrupção na Petrobras. Ele também já havia sido condenado no mensalão.

Segundo Jonas, os documentos eram recibos de pagamentos de energia elétrica, contas de água, pagamentos de combustíveis, peças de veículos e compra de materiais de construção, que eram arquivados no escritório da fazenda onde trabalhava.

"As compras de voto foram feitas na cidade de Brejo da Madre de Deus (PE), mediante a procura dos eleitores e oferecimento por parte de Pedro Corrêa", diz trecho do depoimento de Jonas à PF. 
Segundo ele, os pagamentos eram feitos através da equipe política do ex-deputado.

O ex-funcionário informou que, quando deixou esse trabalho, em 2013, retirou os documentos para denunciar as irregularidades, mas que não procurou nenhum órgão público.

Suspeito de ser laranja de Corrêa por ter movimentações financeiras altas em sua conta bancária, Jonas informou à PF que tinha salário de R$ 1.500 mas que também recebia recursos em sua conta para pagar outros funcionários da fazenda. O valor depositado, segundo ele, era em média de R$ 20 mil mensais e era sempre usado para as despesas da fazenda.

Também ouvida pela Polícia Federal, Vera Lúcia Leite Soiusa Shiba, ex-funcionária de Pedro Corrêa na Câmara, informou que era obrigada a repassar metade do seu salário ao chefe de gabinete do parlamentar.

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