FolhaPE
Insatisfeitos com a tramitação do projeto de Lei 4330, que deve
regularizar a terceirização no Brasil, os bancários do Estado de
Pernambuco pretendem cruzar os braços por 24 horas, na próxima
quarta-feira (13). De acordo com a categoria, a PL representa uma grande
perda de direitos trabalhistas para os diversos setores. Uma assembleia
da categoria deve acontecer às 19h desta terça-feira (14), quando serão
discutidos os rumos da greve.
“Estamos extremamente vulnerável com essa PL, pois ela traz a realidade
da Contax para os bancários no geral. Pois lá onde existem milhares de
bancários prestando serviço para o Bradesco, Itaú, Santander e outros,
com uma jornada de trabalho de 8 horas, enquanto que a CLT garante 6
horas diárias para a categoria”, disparou o diretor do sindicato dos
Bancários de Pernambuco, João Rufino.
Dentre as preocupações dos profissionais, está o fato de que a realidade
dos bancários em Pernambuco é de que além da quantidade de horas acima
do permitido, a categoria terceirizada também sofre com baixos salários,
tickets refeição com valor bem abaixo. “O prejuízo para a economia,
que, somente na categoria bancária, vai deixar de colocar R$ 660 milhões
só em Participação nos Lucros e Resultados (PLR), pois terceirizado não
tem direito”, ressaltou Rufino.
De acordo com o sindicato, a greve do dia 15, convocada nacionalmente
pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), é uma maneira de pressionar o
Congresso Nacional. Para isso, todas as centrais sindicais do Brasil se
mobilizarão para que a PL 4330 seja retirada da pauta. “Pretendemos
paralisar no dia 15, mas isso tudo vai ser discutido na assembleia. Pois
a categoria estará sendo prejudicada pelos bancos, só que mais pelos
deputado. Aqui mesmo, só tiveram quatro deputados que votaram contra. É
um absurdo um negócio desse. A quantidade de deputados que são
empresários, legislando em causa propria, é absurdo”, concluiu.
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