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O Conselho Federal de Medicina afirmou que vai questionar
judicialmente a Medida Provisória (MP) assinada nesta segunda-feira (8)
pela presidente Dilma Rousseff que prevê a obrigatoriedade de formandos
em medicina trabalharem por dois anos no SUS (Sistema Único de Saúde).
Para o CFM, a medida foi "eleitoreira" e "midiática". "[A MP] não resolve, pois o que falta nesse país são ações estruturantes e investimento em saúde pública. Vamos a todos os tribunais. Temos duas frentes: a primeira é a derrubada no Congresso e a segunda é analisar essa MP com calma, maturidade, e ver cada artigo para questioná-la judicialmente", disse o presidente do CFM, Roberto D'Ávila, em entrevista coletiva.
Para D'Ávila, o governo poderia ter aproveitado o momento para lançar outras medidas, e não usar "a força" para obrigar médicos a trabalharem no interior do país. Isso teria causado revolta à categoria.
"Se quisesse fixar médicos no interior, lançaria uma carreira de Estado, os 10%de gastos com a saúde, e não uma medida como essas. O governo perdeu uma grande oportunidade de falar a verdade à população e vai ter contra si, agora, 400 mil médicos. Será uma reação muito forte", afirmou.
Médicos estrangeiros
D'Ávila ainda fez duras críticas ao governo pelos últimos anúncios, incluindo a vinda de estrangeiros para atuar no Brasil. "Isso é brincadeira de mal gosto, um engodo, uma enganação. Trazer médicos de fora não resolverá nada. O governo tem parar de fazer política e pensar na qualidade da assistência", atacou.
O CFM ainda acusou o governo de manipular dados para dar a entender de que o problema da saúde publica do país é a falta de médicos.
"O governo usa dados de 2010, e nós temos dados atuais. Brasília, por exemplo, tem o maior índice de médico do país, com 4,9 por mil habitantes. É muito mais que o Reino Unido, que tem 2,7. Se isso fosse índice de qualidade, teríamos a melhor medicina do mundo, o que é falso. O médico não vai para Maranhão porque não há carreira de Estado, não há estrutura, não há fixação",,afirmou
Carta
Em carta assinada por CFM, Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a categoria diz que a MP se trata de uma "manobra que favorece a exploração da mão-de-obra."
"Não se pode esquecer que os estudantes já realizam estágios nas últimas etapas de sua graduação e depois passam de três a cinco anos em cursos de residência médica, geralmente em unidades vinculadas ao SUS".
Segundo o CFM, o Brasil deve formar este ano 17 mil médicos, mil a mais que os EUA onde a população é maior que a brasileira. "Isso mostra que temos médicos e escolas em bom número, o que falta é estrutura.
Em 2020, vamos ter mais médicos, mas vai continuar a concentração, pois eles vão continuar no cento sul, onde tem estrutura", finalizou D'Ávila.
Para o CFM, a medida foi "eleitoreira" e "midiática". "[A MP] não resolve, pois o que falta nesse país são ações estruturantes e investimento em saúde pública. Vamos a todos os tribunais. Temos duas frentes: a primeira é a derrubada no Congresso e a segunda é analisar essa MP com calma, maturidade, e ver cada artigo para questioná-la judicialmente", disse o presidente do CFM, Roberto D'Ávila, em entrevista coletiva.
Para D'Ávila, o governo poderia ter aproveitado o momento para lançar outras medidas, e não usar "a força" para obrigar médicos a trabalharem no interior do país. Isso teria causado revolta à categoria.
"Se quisesse fixar médicos no interior, lançaria uma carreira de Estado, os 10%de gastos com a saúde, e não uma medida como essas. O governo perdeu uma grande oportunidade de falar a verdade à população e vai ter contra si, agora, 400 mil médicos. Será uma reação muito forte", afirmou.
Médicos estrangeiros
D'Ávila ainda fez duras críticas ao governo pelos últimos anúncios, incluindo a vinda de estrangeiros para atuar no Brasil. "Isso é brincadeira de mal gosto, um engodo, uma enganação. Trazer médicos de fora não resolverá nada. O governo tem parar de fazer política e pensar na qualidade da assistência", atacou.
O CFM ainda acusou o governo de manipular dados para dar a entender de que o problema da saúde publica do país é a falta de médicos.
"O governo usa dados de 2010, e nós temos dados atuais. Brasília, por exemplo, tem o maior índice de médico do país, com 4,9 por mil habitantes. É muito mais que o Reino Unido, que tem 2,7. Se isso fosse índice de qualidade, teríamos a melhor medicina do mundo, o que é falso. O médico não vai para Maranhão porque não há carreira de Estado, não há estrutura, não há fixação",,afirmou
Carta
Em carta assinada por CFM, Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a categoria diz que a MP se trata de uma "manobra que favorece a exploração da mão-de-obra."
"Não se pode esquecer que os estudantes já realizam estágios nas últimas etapas de sua graduação e depois passam de três a cinco anos em cursos de residência médica, geralmente em unidades vinculadas ao SUS".
Segundo o CFM, o Brasil deve formar este ano 17 mil médicos, mil a mais que os EUA onde a população é maior que a brasileira. "Isso mostra que temos médicos e escolas em bom número, o que falta é estrutura.
Em 2020, vamos ter mais médicos, mas vai continuar a concentração, pois eles vão continuar no cento sul, onde tem estrutura", finalizou D'Ávila.
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