Diário de Pernambuco
A chegada de uma peça gigantesca em um navio que segue em direção ao
Porto de Suape pode ter sido confundida, no final da tarde de ontem (24), com a queda de um avião de pequeno porte nas praias
de Barra de Catuama, Ponta de Pedra e Itamaracá, Litoral Norte de
Pernambuco. A peça, de nome 'queimador', vai ser instalada na plataforma
P62, que está atracada no Estaleiro Atlântico Sul. De acordo com a
assessoria de imprensa do porto, o navio, que veio do exterior, deve
chegar nesta quinta-feira (25) a Suape.
Moradores das praias
ligaram para as autoridades afirmando que viram um avião de pequeno
porte cair no mar. A dona de casa Joseane Correia foi uma delas. "Minha
filha de dois anos estava na porta, viu e me chamou. Quando cheguei, já
vi o avião caindo. Amanhã (quinta-feira) pela manhã, quando a maré
baixar, todos vão ver a aeronave", ressaltou. A marisqueira Elza Lira
Ramos, 46 anos, disse que todo mundo em Ponta de Pedra ouviu o barulho e
ligou um para o outro.
Apesar dos relatos, a Infraero não
confirmou nenhum acidente aéreo. De acordo com o gerente de comunicação
da Superintendência Reginal da empresa no Nordeste, Jorge Tadeu de
Andrade, não houve, nesta quarta-feira, nenhum registro de acidente
aéreo nas imediações do Aeroporto Internacional dos Guararapes.
O
inspetor Eder Rommel, assessor de comunicação da Polícia Rodoviária
Federal (PRF), disse que a PRF foi acionada pelo Samu. Um helicóptero da
PRF foi enviado ao local e sobrevoou a área por uma hora, até às 17h40,
sem encontrar nada. Segundo Rommel, uma hora de voo custa R$ mais de 5
mil.
Além da Polícia Rodoviária, foram deslocadas sete viaturas e
duas embarcações dos Corpo de Bombeiros, um helicóptero do Grupamento
Tático Áereo (GTA) da Secretaria de Defesa Social, três viaturas do
Samu, um carro da Delegacia Civil Distrital de Goiana e quatro carros da
Polícia Militar.
O Corpo de Bombeiros, no entanto, não descarta a
possibilidade de uma pequena aeronave ter caído no local e vão retomar
as buscas pela manhã, por causa da luz e da maré mais seca. De acordo
com o coronel Valdy Oliveira, pode ter sido uma ilusão de ótica
coletiva, mas o fato de a corporação ter recebido várias ligações de
locais diferentes, como Barra Catuama, Ponta de Pedras e Itarmaracá, de
pessoas afirmando terem visto o avião caindo, provocará novas buscas.
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