Blog de Jamildo
O Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado de Pernambuco
(Sindimupe), em Assembleia Geral, realizada na terça-feira
(19), estipulou o valor mínimo para os cachês dos músicos do Estado
durante o período do Carnaval.
Contratantes terão que pagar R$ 150,00 para o músico que trabalhará
até 3h, em orquestras itinerantes, e R$ 350,00 para aqueles que
desempenharem suas funções por até 2h, em cima de trios e palcos.
Os valores estipulados estão sendo informados aos produtores,
empresários, e órgãos de cultura do Governo do Estado e municípios, que
deverão se encarregar de fiscalizar os pagamentos dos profissionais,
através dos respectivos contratos de trabalho e notas contratuais,
instrumentos estabelecidos pelas Portarias 3.347/86 e 446/2004 do
Ministério do Trabalho e Emprego, garantindo assim o valor mínimo
estipulado.
A principal intenção da medida é garantir esse valor mínimo de cachê,
disciplinar a jornada de trabalho e combater a informalidade.
O presidente do Sindicato dos Músicos, Eduardo de Matos, esclarece
que estipular o cachê mínimo impede que empresários e produtores
contratem os músicos por valores inexequíveis e desrespeitosos para com a
categoria.
Além disso, é necessário que Governo, prefeituras e empresários
observem o que recomenda o artigo 607 da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT. “São consideradas como documento essencial ao
comparecimento às concorrências públicas ou administrativas e para o
fornecimento às repartições paraestatais ou autárquicas a prova da
quitação da respectiva contribuição sindical e a de recolhimento da
contribuição sindical, descontada dos respectivos empregados”.
De acordo com informações da direção da Sindimupe, alguns músicos,
principalmente do interior do estado, chegam a trabalhar por cerca de
10h ininterruptas durante os quatro dias do Carnaval, recebendo pelo
exercício total da atividade profissional um valor em torno de R$ R$
400,00.
“Diante de tantas situações de desrespeito com o profissional e
desvalorização da categoria, o Sindicato juntamente a ordem dos músicos
do Brasil, estarão fiscalizando e apurando as denúncias e encaminhando
para Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (DRT) e Ministério
Público do Trabalho”, explica Matos.
O presidente do Sindimupe informou ainda que estará reunido com
diversos órgãos de controle e fiscalização, no intuito de garantir o
cumprimento da lei e deliberações da categoria. “Fizemos um trabalho de
conscientização, ouvimos órgãos públicos, empresários, produtores e
músicos para chegar a essa decisão”, justifica.
Ele afirma que a medida beneficiará todos os músicos do Estado,
sindicalizados ou não. “Estamos preparados para receber as demandas
sobre irregularidades no pagamento e nas relações de trabalho de
qualquer músico, seja ele filiado ou não”, conclui.
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