terça-feira, 9 de abril de 2013

EX-DIRETORA DO DOM MOURA ESTÁ ENTRE PRESOS PELO MPPE


Quatro pessoas foram presas aqui em Garanhuns, suspeitas de desviar cerca de R$ 260 mil em verba pública do Hospital Regional Dom Moura, uma das mais importantes unidades de saúde da região. Entre os presos está uma ex-diretora do hospital. A operação foi realizada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e pela Polícia Militar (PM), nesta terça-feira (9). A Corregedoria Geral da União está acompanhando a operação do Ministério Público e prevê uma auditoria nas contas do hospital.

A Operação Nacional contra a Corrupção foi deflagrada pelo Ministério Público, em parceria com diversos órgãos, e deve cumprir mandados de prisão, de busca e apreensão, de bloqueio de bens e de afastamento das funções públicas em pelo menos 12 estados. O desvio de verbas públicas sob investigação ultrapassa R$ 1,1 bilhão. Leia mais.

A ex-diretora do hospital que foi presa comandou a unidade de saúde de 2007 a 2012. Além delas foram presos um auxiliar administrativo, um ex-porteiro que seria usado como 'laranja' e a mulher do ex-porteiro, que ainda trabalha no departamento financeiro do Hospital Dom Moura. De acordo com o procurador-geral da Justiça, Aguinaldo Fenelon, a Secretaria Estadual de Saúde fez um requerimento à Polícia Civil para que investigasse o hospital. A polícia concluiu as investigações há aproximadamente seis meses e entregou ao Ministério Público. "Com o poder do Ministério, o promotor entendeu que o inquérito estava incompleto, aprofundou e continuou as investigações da Polícia Civil. Com o aprofundamento, foram encontrados 60 cheques na conta pessoal do então porteiro, marido da mulher responsável pelas finanças da unidade", detalha Fenelon. Os 60 cheques totalizam R$ 260 mil e, depois disso, o Ministério Público pediu a prisão temporária dos quatro envolvidos.

Ainda de acordo com o procurador-geral, foram apreendidas câmeras fotográficas, notebooks, pendrives e outros materiais que serão analisados pelos promotores e equipe técnica do MPPE. "Podemos solicitar outras prisões, se nós entendermos que houve mais recursos desviados além desses R$ 260 mil", conclui Agnaldo.

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