(Foto: Reprodução/Istoé) |
Dois deputados pernambucanos podem estar diretamente ligados ao escândalo de um dos principais projetos do Governo Dilma, o Minha Casa Minha Vida. De acordo com a revista “Istoé” desta semana, Inocêncio Oliveira (PR) e Augusto Coutinho (DEM) estão obtendo vantagens financeiras com o programa “vendendo seus próprios terrenos para o assentamento das unidades habitacionais com especulações imobiliárias que chegam a até 1.600% de valorização”, como é o caso do deputado federal Inocêncio.
Segundo a revista, o Tribunal de Contas da União (TCU) não tem dúvidas do envolvimento dos parlamentares no caso.
Para o TCU, os indícios de irregularidades começaram logo com a construtora Duarte, “…uma empreiteira local que abocanhou o contrato para erguer 1.500 casas no município de Serra Talhada e escolheu justamente as terras do deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) para construir as habitações…”, diz um dos trechos da reportagem.
O local escolhido para a o soerguimento das casas populares ocupa uma área de 34 hectares. O espaço, segundo a matéria da revista, foi adquirido pelo deputado há 30 anos e declarado à Justiça Eleitoral, nas eleições de 2010, pelo valor de R$ 151 mil. “…No mesmo ano, ele vendeu o terreno à construtora do programa Minha Casa, Minha Vida por R$ 2,6 milhões, de acordo com registros do cartório do 1º ofício de Serra Talhada. Ou seja, uma valorização espontânea de 1.600%…”, relatou mais adiante a “Istoé”.
Procurado pelo periódico, Inocêncio confirmou o negócio, mas informou ter vendido por R$ 1 milhão.
“…O parlamentar disse ainda desconhecer o uso da área afirmando ter vendido para uma empresa particular. Coincidência ou não, o negócio foi fechado no fim de 2010, momento em que a prefeitura de Serra Talhada era comandada por Carlos Evandro, do PR, um colega de partido de Inocêncio…”
AUGUSTO
A mesma reportagem também informou que o deputado federal Augusto Coutinho “também tenta tirar proveito do programa Minha Casa, Minha Vida, seguindo o exemplo de Inocêncio Oliveira, visto que, o governo negocia com o parlamentar a compra de uma área de 2.400 metros localizada no bairro de Campo Grande para construção das casas populares. As terras estariam registradas em nome de sua construtora, a Heco. Os valores precisos da negociação não foram divulgados. Porém, Coutinho já declarou que não aceita menos de R$ 300 mil para ceder o terreno para o Minha Casa, Minha vida. O caso, no entanto, deve parar na Justiça. A prefeitura, nas mãos do PSB, alega que a área é de propriedade da Marinha”, discorre o texto que ainda cita o envolvimento de outros dois senadores nesse mesmo processo. Coutinho, por sua vez, não respondeu as acusações na reportagem.
Confira a reportagem na íntegra clicando aqui.
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