segunda-feira, 22 de abril de 2013

600 MILITARES VÃO ATUAR CONTRA O TERRORISMO NA COPA DAS CONFEDERAÇÕES



O Exército terá 600 militares especializados em combate ao terrorismo atuando nas seis cidades-sede da Copa das Confederações, que começa em 15 de junho com a partida entre Brasil e Japão, em Brasília.

Outros 250 homens, treinados para identificar, conter e prevenir ataques com armas químicas, bacteriológicas, nucleares e radiológicas, serão usados em varreduras e descontaminações buscando prevenir qualquer incidente durante os jogos.

Segundo o coronel Richard Fernandez Nunes, que integra o Centro de Coordenação de Prevenção e Combate ao Terrorismo, criado pelo Exército para centralizar as atividades ligadas ao tema durante o evento, o planejamento sobre como as tropas serão empregadas em Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Salvador e Brasília, será finalizado em maio.

Em cada uma das sedes da Copa das Confederações haverá tanto um grupo específica para terrorismo e quanto um para defesa química, bacteriológica e nuclear (DQBN, como o termo é como conhecido no meio militar).

 Por um acordo entre os Ministérios da Justiça e da Defesa, a coordenação das atividades de terrorismo na Copa das Confederações, na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas, de 2016, está nas mãos do Exército.

Os militares serão responsáveis ainda pelas ações de contra-terrorismo (pronta-resposta a possíveis ataques), enquanto que a Polícia Federal fará o monitoramento de suspeitos e o levantamento de inteligência para prevenção. Apesar das polícias Civil e Militar de alguns Estados realizarem treinamentos simulando ações contra o terror, elas só irão ajudar quando forem convocadas.

Armas químicas e nucleares

O Brasil possui a única unidade da América Latina certificada pela Organização Internacional para Proibição de Armas Químicas com capacitação para atuar em casos de ataque com agentes químicos, bacteriológicos, nucleares e radiológicos.

O batalhão DQBN do Exército, localizado no Rio de Janeiro, distribuirá ao menos 120 soldados em três cidade-sede dos jogos: Rio, Belo Horizonte e Recife. Cada uma terá 40 homens do ramo. Na capital fluminense ficará ainda um contingente de reserva.

Uma companhia deste batalhão, sediada em Goiânia (GO), empregará outros 50 homens em Brasília. Os mesmos soldados, após o evento de abertura da Copa das Confederações, seguem para Fortaleza. Já uma tropa da Marinha empregará 60 soldados especializados em Salvador.


Já os militares de combate ao terrorismo, treinados no Comando de Operações Especiais, em Goiás, serão agrupados em destacamentos de 80 a 100 cada um nas seis cidades-sede. Um contingente de reserva ficará em Brasília.


Desde 2012, o Exército aumentou o ritmo de treinamento dos soldados especializados.  O curso de DQBN, que era realizado a cada dois anos para oficiais e para praças, passou a ser realizado anualmente, e o número de profissionais formados passou de 12 para 24 por vez.

Mais de R$ 60 milhões foram gastos também para a aquisição de laboratórios e equipamentos com sensores que permitem localizar e descobrir agentes químicos e bacteriológicos dos mais diversos tipos, como a ricina, substância tóxica que pode matar entre 24 e 72 horas e que foi encontrada em cartas endereçadas ao presidente dos EUA, Barack Obama, após os ataques de Boston.


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