Blog de Inaldo Sampaio
Informa o delegado Édson Augusto (SDS) que a Polícia Civil de
Pernambuco ficou profundamente incomodada com o fato de o Ministério
Público Estadual através do procurador geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon de Barros,
ter assumido a “paternidade” da operação que resultou na prisão de
quatro pessoas que trabalharam no Hospital Dom Moura, em Garanhuns.
Segundo ele, “para que possamos restabelecer a verdade dos fatos”, é
necessário esclarecer que quem investigou o caso foi a Polícia Civil “e
não, como noticiado, o Ministério Público”.
A “operação” foi realizada na última terça-feira, “Dia Nacional de
Combate à Corrupção” e resultou na prisão de 91 pessoas em 12 Estados
brasileiros, quatro das quais em Pernambuco.
Essa queda de braço vem à tona no exato momento em que o Congresso se
prepara para votar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que
retira do Ministério Público o direito de fazer investigações, que
seriam tarefas exclusivas das Polícias Civil e Federal.
Isso levou a Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco
(ADEPPE) a divulgar nota deixando claro para a população que quem
investigou o caso do Hospital Dom Moura foi o delegado Altemar Mamede,
que chegou, inclusive, a solicitar à Justiça as prisões preventivas da
diretora da unidade, Maria Emília Pessoa, e de mais três funcionários.
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