quinta-feira, 11 de abril de 2013

POLÍCIA CIVIL E MINISTÉRIO PÚBLICO DISPUTAM PATERNIDADE DA "OPERAÇÃO" FEITA EM GARANHUNS

Blog de Inaldo Sampaio

Informa o delegado Édson Augusto (SDS) que a Polícia Civil de Pernambuco ficou profundamente incomodada com o fato de o Ministério Público Estadual através do procurador geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon de Barros, ter assumido a “paternidade” da operação que resultou na prisão de quatro pessoas que trabalharam no Hospital Dom Moura, em Garanhuns.

Segundo ele, “para que possamos restabelecer a verdade dos fatos”, é necessário esclarecer que quem investigou o caso foi a Polícia Civil “e não, como noticiado, o Ministério Público”.

A “operação” foi realizada na última terça-feira, “Dia Nacional de Combate à Corrupção” e resultou na prisão de 91 pessoas em 12 Estados brasileiros, quatro das quais em Pernambuco.

Essa queda de braço vem à tona no exato momento em que o Congresso se prepara para votar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que retira do Ministério Público o direito de fazer investigações, que seriam tarefas exclusivas das Polícias Civil e Federal.

Isso levou a Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (ADEPPE) a divulgar nota deixando claro para a população que quem investigou o caso do Hospital Dom Moura foi o delegado Altemar Mamede, que chegou, inclusive, a solicitar à Justiça as prisões preventivas da diretora da unidade, Maria Emília Pessoa, e de mais três funcionários.

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