Blog dos Concursos
Quem se prepara há algum tempo para o concurso da Polícia Rodoviária
Federal (PRF) sabe que a prova de habilidade física não é nada fácil,
devendo o concurseiro ficar atento às recomendações do edital e apostar
nos treinos. A data da prova física só será divulgada no dia 5 de
agosto, mas, provavelmente, ocorrerá em outubro, pois o resultado
provisório das provas objetivas e discursivas sairá no dia 2 de
setembro. Geralmente, ela é marcada depois de um mês desse resultado,
mas não é regra. Então presume-se que os candidatos têm, em média, três
meses para a preparação.
Serão convocados para o exame de capacidade física os candidatos
aprovados na prova discursiva e classificados até a 3.800ª posição, para
os candidatos de ampla concorrência, e até a 200ª posição, para os que
se declararem pessoas com deficiência, considerando a soma das notas
obtidas nas provas objetiva e discursiva. É sabido, no entanto, que o
teste elimina muita gente, principalmente quem subestima essa fase e
deixa de se preparar. Segundo especialistas, o índice de reprovação é de
20%.
A seleção será composta por teste de flexão em barra fixa, impulsão
horizontal, flexão abdominal e teste de corrida de doze minutos, a serem
aplicados de forma sequencial, com intervalo mínimo de cinco minutos
entre cada teste. A Folha conversou com o educador físico Rodrigo Sales,
que lembrou dos benefícios dos exercícios para os concurseiros.
Oxigenação do cérebro, aumento de força e capacidade
cardiorrespiratória, redução do percentual de gordura e aumento da massa
muscular estão entre eles.
O especialista assegura que o primeiro passo, antes de se começar qualquer treinamento, é realizar um check up.
“Depois o concurseiro deve procurar um profissional para conduzir
treinos específicos para cada uma das provas. Lembro que para quem é
sedentário esse acompanhamento é imprescindível”, alerta. De acordo com
Sales, as provas são muito específicas e mesmo pessoas que possuem bom
condicionamento precisam de orientação técnica para conseguir atingir
determinados objetivos, como força, velocidade, resistência, potência ou
apenas a correta execução do movimento para evitar lesões sérias. A
dica do professor para quem não pode custear a orientação de um
profissional é procurar uma das Academias da Cidade e tentar conversar
com os professores do local.
É difícil precisar o tempo ideal de preparação para uma prova desse
tipo, já que os candidatos possuem condicionamentos diferentes. Por
isso, uma preparação contínua é o mais indicado. Quem está com uns
quilinhos a mais, segundo o professor, deve começar a se preparar com
máxima antecedência, com uma rotina séria de esforço, abdicação e
treinamento. Afinal, ninguém quer passar em provas dificílimas de
capacidade intelectual e ser reprovado na prova de competência física.
Outro ponto destacado por Rodrigo Sales é o lado emocional dos
candidatos. Ele garante que quem se prepara corretamente raramente fica
estressado. “Em uma ocasião uma aluna minha ia super bem na corrida,
mas uma candidata fraturou o pé na frente dela, o que a desestabilizou
emocionalmente. Se ela parasse reprovaria em função do tempo. Do lado de
fora, eu a motivei e orientei. Fazendo uma analogia com o futebol, é
como se o técnico estivesse nas laterais do campo orientando seus
jogadores durante a partida”, afirma.
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