Blog do Magno Martins
As bancadas
governista e oposicionista na Câmara do Recife saíram em defesa, na
noite de ontem (6), da vereadora Priscila Krause (DEM), depois de uma
retaliação do secretário municipal de Segurança, Murilo Cavalcanti, que
enviou nota à imprensa fazendo críticas pessoais à democrata. A resposta
do secretário veio após a parlamentar questionar a compra de um terreno
da Chesf por R$13,8 milhões para a construção de uma unidade do Compaz,
quando a área teria sido doada em janeiro à prefeitura.
Mesmo
depois de o líder da bancada governista na Câmara do Recife, Gilberto
Alves (PTN), ter respondido aos questionamentos da democrata, Murilo
Cavalcanti disse que “Priscila desconhece a realidade do Recife. Parece
uma pobre menina rica, que mora num bairro super nobre da cidade e que
só circula de carro com motorista para cima e para baixo. Ela não
conhece a periferia e nem convive com as suas dificuldades, por isso, ou
simplesmente para buscar holofotes, tenta desqualificar as ações da
prefeitura em prol dos mais vulneráveis à violência”.
Em
contrapartida, a vereadora defendeu-se: “A resposta do senhor Murilo
Cavalcanti é despropositada, ofensiva e deselegante. Deselegante porque
tenta me etiquetar de forma pejorativa, usando retórica rasteira.
Despropositada porque revela total desconhecimento sobre o debate
travado na Câmara Municipal'.
'Tão somente questionei a
contradição das informações oficiais do governo municipal sobre o título
de aquisição da propriedade do terreno onde está sendo construída uma
unidade do Compaz. Se era doação ou compra. Ressaltei, inclusive, a
importância do Compaz dentro do nosso contexto social”, acrescentou
Priscila.
A vereadora também revelou que Murilo Cavalcanti a
procurou, “insinuando convites, usando a moeda do adesismo”. Por
telefone, o secretário de Governo da Prefeitura do Recife, Sileno
Guedes, negou o convite.
Sobre as declarações do secretário, os
vereadores defenderam a oposicionista. Antônio Luiz Neto (PTB) repudiou
as palavras do secretário por ter faltado com o respeito à vereadora,
aos representantes do povo e ao povo utilizando expressões que jamais
deveriam ter sido usadas. Rogério de Lucca (PSL) falou sobre ética e
moral e o litígio entre poderes. “Algumas pessoas não sabem diferenciar o
que é ética e o que moral”.
Diario de Pernambuco.
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