FolhaPE
Foi encontrado ontem (22), em Natal (RN), o corpo do
ex-marido de Camila Silva Canuto, Shedrick Madruga, de 28 anos, morto
com um tiro no ouvido, o que caracteriza fortemente a probabilidade de
suicídio. Madruga já era considerado suspeito pela polícia por conta de
envolvimentos em outros assassinatos. A linha de investigação da polícia
praticamente se encerra com a conclusão de sequestro seguido de
homicídio e suicídio.
Madruga teria deixado uma carta na qual afirmou que "não suportava ficar
longe de Camila" e, de acordo com amigos e familiares, ele nunca teria
aceitado o fim do relacionamento, há cerca de um ano. Shedrick residia
na capital potiguar desde que os dois haviam se separado e, segundo o
delegado que investiga o caso, José Luzia Correia Filho, a avó de
Madruga, em depoimento, disse que o ex-marido da jovem teria afirmado
que iria matar Camila e que cometeria suicídio em seguida, mas que não
acreditou no neto. Após encontrados o corpo e carta do homem, a família
de Shedrick, de acordo com informações, teria entrado em contato com a
família de Camila e dito que "ele fez uma grande besteira".
Entenda o caso
Após ser sequestrada, na manhã da última quinta-feira (21), em
Arapiraca, no estado de Alagoas, a estudante Camila Canuto, de 20 anos,
foi encontrada morta horas depois, com um tiro na cabeça, no município
de Cachoeirinha, no Agreste de Pernambuco. A estudante era filha do
empresário alagoano José Cícero Canuto, conhecido como "Cícero da Pitu",
que é dono de uma rede de motéis, e sobrinha da secretária de Cultura
de Palmeira dos Índios, também em Alagoas, Édila Canuto. De acordo com
informações extraoficiais, o pai da jovem, após várias horas sem
notícias de Camila, chegou a fazer contato pelo celular com a mesma, que
atendeu o telefone bastante nervosa e dizendo que não poderia falar.
Segundo a família da vítima, a jovem foi sequestrada quando saía em seu
carro para o trabalho. De acordo com a polícia, após uma ligação
anônima, o corpo de Camila foi encontrado em uma estrada de terra batida
no sítio Ubaia, em Cachoerinha. A polícia acredita que a jovem foi
assassinada no trajeto e deixada no local.
O carro de Camila, um Fox
branco, não foi localizado. O celular dela, por sua vez, foi localizado
às margens da BR-423, já próximo a Cachoeirinha.
O corpo de Camila foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), em
Caruaru, também no Agreste. O velório aconteceu no Cemitério de São
Francisco, em Arapiraca, e o corpo foi levado à tarde para o Cemitério
de Canafístula de Frei Damião, em Palmeira dos Índios, onde foi
sepultado.
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