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Refrigerante à mesa. Apenas um copo em cada refeição não deve fazer mal, não é mesmo? Engano! O consumo diário dessa bebida por crianças está entre os fatores causadores da obesidade infantil. No Brasil, uma em cada três crianças está acima do peso, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A bebida adocicada, que borbulha na boca e tem diferentes cores, atrai a garotada, seja em casa, na cantina da escola ou nas festas de aniversário. Mas, afinal de contas, o que é o refrigerante? É uma água açucarada, com gás, xarope e várias outras substâncias artificiais, como corante e aroma, que não trazem nenhum benefício nutricional para o organismo.
Os especialistas ouvidos pelo UOL Gravidez e Filhos nesta reportagem dividem a mesma opinião. "Não há uma indicação de quantidade recomendada, simplesmente, porque ela não deve fazer parte do cardápio nem da rotina das crianças. Quanto menos ingerir, melhor", declara o pediatra e nutrólogo Fábio Ancona Lopez, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Mas vetar completamente a bebida não é a maneira mais eficaz de brecar o consumo desenfreado. O hábito de beber refrigerante está ligado à educação nutricional. O primeiro passo está na conscientização e no exemplo dos pais.
"As crianças aprendem por imitação. Elas gravam tudo e gostam de se comportar como os pais, ou seja, se os adultos consomem muito refrigerante, é bem provável que a criança também venha a consumir, por isso a educação nutricional desde cedo é importante", afirma Maria Edna de Melo, endocrinologista e diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
"Quando o refrigerante ganha espaço na alimentação, a criança come menos por conta do gás. Ela também deixa de beber leite, importante fonte de cálcio, e outras bebidas saudáveis, como sucos naturais, chá e até mesmo água", afirma a nutricionista do Hospital das Clínicas Rosana Tumas.
Assim como não há uma quantidade segura para se consumir refrigerante na infância, também não existe uma idade ideal para deixar que a criança tenha acesso à bebida. É necessário que os pais exercitem o bom senso e esperem, pelo menos, até que o filho esteja em idade escolar, quando, com certeza, vai se deparar com o líquido em várias ocasiões sociais. Nada de oferecê-lo nas mamadeiras para os bebês.
"Esses produtos, em geral, contêm muito sódio e ácido fosfórico. Esse excesso de fósforo impede que o cálcio seja absorvido. Só devem ser consumidos por crianças que apresentam quadro clínico de obesidade ou diabetes, e ainda assim em quantidade controlada", fala Rosana Tumas.
Na hora de consumir uma dessas versões, a dica é observar no rótulo da embalagem a quantidade de sódio e optar pelo produto que apresente a menor concentração.
Não se engane com as variações de refrigerantes ou bebidas açucaradas nas prateleiras do supermercado ou nas redes de fast food. A água gaseificada, por exemplo, não tem calorias, mas possui as mesmas substâncias artificiais que o refrigerante comum.
Mesmo com um consumo equilibrado, não existe uma bebida desse gênero que faça menos mal à saúde. "Escolher um determinado refrigerante não é a melhor solução. Reforçar a ideia de um consumo consciente, sem excessos, deve ser priorizada pelos adultos", diz a endocrinologista Maria Edna de Melo.
Refrigerante à mesa. Apenas um copo em cada refeição não deve fazer mal, não é mesmo? Engano! O consumo diário dessa bebida por crianças está entre os fatores causadores da obesidade infantil. No Brasil, uma em cada três crianças está acima do peso, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A bebida adocicada, que borbulha na boca e tem diferentes cores, atrai a garotada, seja em casa, na cantina da escola ou nas festas de aniversário. Mas, afinal de contas, o que é o refrigerante? É uma água açucarada, com gás, xarope e várias outras substâncias artificiais, como corante e aroma, que não trazem nenhum benefício nutricional para o organismo.
Os especialistas ouvidos pelo UOL Gravidez e Filhos nesta reportagem dividem a mesma opinião. "Não há uma indicação de quantidade recomendada, simplesmente, porque ela não deve fazer parte do cardápio nem da rotina das crianças. Quanto menos ingerir, melhor", declara o pediatra e nutrólogo Fábio Ancona Lopez, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Mas vetar completamente a bebida não é a maneira mais eficaz de brecar o consumo desenfreado. O hábito de beber refrigerante está ligado à educação nutricional. O primeiro passo está na conscientização e no exemplo dos pais.
"As crianças aprendem por imitação. Elas gravam tudo e gostam de se comportar como os pais, ou seja, se os adultos consomem muito refrigerante, é bem provável que a criança também venha a consumir, por isso a educação nutricional desde cedo é importante", afirma Maria Edna de Melo, endocrinologista e diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).
Caloria vazia
A única função nutricional do refrigerante é fornecer energia para o organismo, o que não é suficiente para que se recomende seu consumo. Frutas, verduras e legumes são fontes de energia e, ao mesmo tempo, possuem nutrientes essenciais ao desenvolvimento das crianças."Quando o refrigerante ganha espaço na alimentação, a criança come menos por conta do gás. Ela também deixa de beber leite, importante fonte de cálcio, e outras bebidas saudáveis, como sucos naturais, chá e até mesmo água", afirma a nutricionista do Hospital das Clínicas Rosana Tumas.
Obesidade e outras doenças
O consumo ocasional de refrigerante não, necessariamente, implica em riscos à saúde. Mas o consumo abusivo feito por algumas crianças –e também por adultos– representará um aumento da ingestão calórica diária e, consequentemente, ganho de peso, desencadeando obesidade e doenças relacionadas a ela, como hipertensão arterial, dislipidemia (presença de níveis elevados ou anormais de gordura no sangue) e diabetes. Outro problema causado pelo açúcar do refrigerante é o aumento da incidência de cárie dentária.Assim como não há uma quantidade segura para se consumir refrigerante na infância, também não existe uma idade ideal para deixar que a criança tenha acesso à bebida. É necessário que os pais exercitem o bom senso e esperem, pelo menos, até que o filho esteja em idade escolar, quando, com certeza, vai se deparar com o líquido em várias ocasiões sociais. Nada de oferecê-lo nas mamadeiras para os bebês.
Alternativas nada boas
As versões diet e light são vistas por alguns pais como solução para o consumo de refrigerante. Mesmo não contendo açúcar, elas não são recomendadas e são consideradas pelos especialistas tão ruins quanto a versão original."Esses produtos, em geral, contêm muito sódio e ácido fosfórico. Esse excesso de fósforo impede que o cálcio seja absorvido. Só devem ser consumidos por crianças que apresentam quadro clínico de obesidade ou diabetes, e ainda assim em quantidade controlada", fala Rosana Tumas.
Na hora de consumir uma dessas versões, a dica é observar no rótulo da embalagem a quantidade de sódio e optar pelo produto que apresente a menor concentração.
Não se engane com as variações de refrigerantes ou bebidas açucaradas nas prateleiras do supermercado ou nas redes de fast food. A água gaseificada, por exemplo, não tem calorias, mas possui as mesmas substâncias artificiais que o refrigerante comum.
Mesmo com um consumo equilibrado, não existe uma bebida desse gênero que faça menos mal à saúde. "Escolher um determinado refrigerante não é a melhor solução. Reforçar a ideia de um consumo consciente, sem excessos, deve ser priorizada pelos adultos", diz a endocrinologista Maria Edna de Melo.
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