Agência EFE
A população mundial terá um aumento de 1 bilhão de pessoas nos
próximos 12 anos, e em 2050 chegará a 9,6 bilhões, segundo um relatório
divulgado nesta quinta-feira (13) pela ONU e que atribui mais da metade
desse crescimento a países africanos em desenvolvimento. O diretor da
Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais
(DESA) das Nações Unidas, John Wilmoth, apresentou hoje à imprensa a
revisão de seu último relatório de 2012 sobre as perspectivas da
população mundial.
"Atualmente há 7,2 bilhões de habitantes em todo o mundo, em 2025 serão
cerca de 8,1 bilhões, e a previsão atual é de que em 2050 esse número
chegue a 9,6 bilhões", afirmou Wilmoth.
As estatísticas anteriores da DESA previam que a população mundial
superaria a casa de 9,3 bilhões de pessoas em 2050, chegando a 10,9
bilhões em 2100. O estudo revela que os países desenvolvidos não
sofrerão grandes alterações populacionais, com 1,3 bilhão em 2050,
enquanto nos 49 países menos desenvolvidos do mundo a população
duplicará de 900 milhões de pessoas para 1,8 bilhão.
"Embora o crescimento da população tenha reduzido de uma maneira geral,
em alguns países em desenvolvimento, sobretudo na África, o crescimento
continua a ser rápido", disse o subsecretário-geral para Assuntos
Econômicos e Sociais, Wu Hongb. O estudo prevê que, a partir de 2028, a
Índia se tonará o país mais povoado do planeta, à frente da China, mas
com o mesmo número de habitantes - 1,45 bilhão. Já a Nigéria deve
superar os Estados Unidos antes de 2050.
Além disso, espera-se que a população da Europa diminua cerca de 14% até
2050, segundo Wilmoth, que ressaltou que o continente enfrenta o
desafio de oferecer assistência a uma população que envelhece muito
rapidamente. A expectativa de vida crescerá a uma média de 76 anos no
período entre 2045 e 2050, e chegará a 82 anos entre 2095 e 2100. No
final do século XXI, a média será de 89 anos nos países desenvolvidos e
de 81 nas nações em desenvolvimento.
Analistas das Nações Unidas puderam constatar um "rápido descenso" na
média de filhos, por mulher, que nascem nos grandes países da Ásia,
África e América Latina, como China, Índia, Indonésia, Irã, Brasil e
África do Sul.
No entanto, o relatório detalha que países com altos níveis de
fertilidade como Afeganistão, Nigéria, Níger, Etiópia e Uganda,
continuarão a apresentar um rápido crescimento populacional nos próximos
anos, com uma média superior a cinco filhos por mulher.
"Em alguns casos, a fertilidade aumentou nos últimos anos, e em outros,
as estimativas foram pequenas demais", afirmou Wilmoth, que também
mencionou 15 países da África Subsaariana, onde se espera que os níveis
de fertilidade aumentem em mais de 5%.
O relatório da DESA apresentado hoje foi elaborado a partir de uma
revisão detalhada de dados e estatísticas demográficas de 233 países
correspondentes aos censos realizados em 2010.
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