Agência Brasil
A partir de segunda-feira (1º), os móveis e três produtos da linha
branca – fogão, tanquinho e geladeira – pagarão mais Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI). O ministro da Fazenda, Guido Mantega,
anunciou que as alíquotas reduzidas, que vencerão no fim de junho, serão
parcialmente retiradas.
Também será revogado, em parte, o
imposto reduzido para laminados, luminárias, painéis de madeira e papéis
de parede. De acordo com o ministro, a remoção gradual das desonerações
ajudará a manter o equilíbrio fiscal.
“A recomposição de
tributos estava anunciada desde o início do ano”, declarou Mantega. Ele
também ressaltou que não existe mais espaço fiscal para novas
desonerações, como as pedidas por produtores de aço na última
terça-feira (25). “Temos de colher frutos das desonerações aplicadas e
em curso, mas também temos de melhorar a arrecadação e o desempenho
fiscal. Em função disso, novas desonerações não estão previstas”,
acrescentou.
As novas alíquotas valerão até o fim de setembro. O
IPI sobe de 2% para 3% no caso dos fogões, de 7,5% para 8,5% para
geladeiras, de 3,5% para 4,5% para tanquinhos. Para móveis, painéis de
madeira e laminados, a alíquota passa de 2,5% para 3%. Para as
luminárias, o imposto aumenta de 7,5% para 10%. O IPI para papéis de
parede subirá de 10% para 15%. Para máquinas de lavar, o imposto está
definitivamente mantido em 10% desde o ano passado.
Mantega disse
ainda que pediu aos empresários que não repassassem o imposto maior
para os preços. “Conversei com o setor, e os empresários me informaram
que procurarão absorver o aumento de tarifas de modo que o preço não se
eleve. O setor fará um esforço para não venha prejudicar vendas, nem
aumentar a inflação”, declarou.
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