Agência Estado
Na reunião de governadores e prefeitos no Planalto com a presidente
Dilma Rousseff foram sugeridas duas datas para a realização de um
plebiscito para ver se a população concorda com uma Assembleia Nacional
Constituinte exclusiva para tratar de reforma política: 7 de setembro ou
15 de novembro.
A ideia do Planalto é que a presidente Dilma Rousseff encaminhe, nos
próximos dias, uma mensagem ao Congresso pedindo o plebiscito. Lá, o
texto seria transformado em projeto de lei ou se aproveitaria alguma
matéria em tramitação.
Com isso, nas eleições presidenciais do ano que vem, seriam eleitos dois
congressos: um exclusivo para fazer a reforma política e outro formado
por senadores e deputados, que exerceriam seus mandatos tradicionais. A
ideia também é que a Constituinte exclusiva teria um tempo menor de
funcionamento que os quatro anos tradicionais.
Da mesma forma, o entendimento é que não seriam necessários 513
deputados e 81 senadores para a Constituinte. Poderia ser um sistema
unicameral e com número reduzido de parlamentares-constituintes.
"Ainda está tudo em discussão, mas o que a classe política, aqui
representada por governadores e prefeitos, precisava mostrar é que nós
estamos ouvindo as vozes das ruas", disse o governador da Bahia, Jacques
Wagner, (PT). Segundo ele, "queremos encontrar soluções para o que
estão nos cobrando, pois a classe política captou o recado do povo".
Para esta Constituinte, comentou, juristas e pessoas da sociedade civil
estudiosas do assunto deveriam se candidatar, além dos políticos
tradicionais, para ampliar a sua representatividade.
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