sábado, 5 de outubro de 2013

VEJA A REPERCUSSÃO DO ANÚNCIO DA ALIANÇA ENTRE MARINA E EDUARDO



O anúncio de uma aliança peo PSB entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para disputa eleitoral no ano que vem repercutiu de forma diferente entre petistas e tucanos. Para os primeiros, Dilma continua forte na campanha do ano que vem. Para o PSDB, sai fortalecido o campo  das oposições ao atual governo.

Veja abaixo a repercussão:
 
Aécio Neves (MG), presidente do PSDB
"O PSDB acredita  que a presença de Marina Silva fortalece o campo político das oposições e contribui para o debate de ideias e propostas, tão necessários para colocar fim a esse ciclo de governo do PT que tanto mal vem fazendo ao país", em nota.
 
Alfredo Sirkis (PSB-RJ), deputado federal
"Ela [Marina Silva], sem sombra de dúvida, surpreendeu ao Brasil e ao mundo. É um fato absolutamente histórico uma candidata com aproximadamente 20% dos votos optar por apoiar um candidato que aparece com menos votos do que ela nas pesquisas. Em uma política complementamente dominada pelo individualismo, como é a brasileira, o grau de desprendimento que a Marina demonstrou é uma lição para o Brasil e para o mundo. Ela poderia ter saído candidata a presidente por qualquer uma das siglas que se ofereceram, mas decidiu apostar em um projeto de poder, de uma oportunidade de transformar o Brasil".
 
Aloysio Nunes (SP), líder do PSDB no Senado
"É uma bela manobra política, bem feita e oportuna. Isso fortalece o campo daqueles que querem a mudança. Está absolutamente decretado que esta eleição terá o segundo turno. Vai levar a uma eleição muito equilibrada e disputada. São duas forças que querem mudanças. [...] Ainda é difícil falar em reviravolta política, porque estamos a mais de um ano da eleição, mas é uma mudança importante".
 
André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara
"Falar que era esperada [a filiação de Marina ao PSB], não seria verdade, porque ela [Marina] dizia que ia manter a coerência. É inusitado alguém que teve problemas com cartórios cair em um partido que é cartorial, no qual o controle único e exclusivo é de seu presidente".
 
Beto Albuquerque (PSB-RS), deputado federal
"Sabíamos que tínhamos de conversar [com Marina] na hora certa, e essa conversa aconteceu ontem [sexta], por iniciativa dela. Em uma conversa muito franca, tivemos uma notícia maravilhosa para a história política brasileira. Ela surpreendeu pelo gesto, pelo desapego".
 
Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara
"A presença de Marina Silva na disputa eleitoral fortalecerá a oposição e impõe uma dura derrota ao autoritarismo petista. [...] Assim como nós, do PSDB, Marina defende um projeto para o país diferente do que se viu nos últimos dois governos do PT. Ao reforçar o discurso da necessidade da mudança de rumos, do desenvolvimento sustentável do país, ela está contribuindo não só com as forças de oposição, mas também com a democracia brasileira".
 
Fernando Ferro (PT-PE), deputado federal
"Politicamente foi jogada muito competente, inegável que fortalece essa alternativa. Não acho que vá haver um fortalecimento do campo da oposição. Vai ter consequências sérias sobre a candidatura de Aécio. Para o eleitorado de Dilma, não vejo muita consequência. Acredito que a candidatura da Dilma está em processo de ascensão. E tem a máquina de governo na mão para agir nese sentido. Vai haver tendêcnia à polarização, mas entre Dilma e o próprio Eduardo Campos. Agora que se armaram os times, acho que vai aprofundar esse afastamento do PT com o PSB".
 
Humberto Costa (PT-PE), senador
"Fica evidente que a candidatura de Eduardo Campos está posta e é uma candidatura de oposição. Agora está muito claro que é de oposição à Dilma, ao PT e ao Lula. Por isso, também acho que é bom, porque sepulta quaisquer ilusões de que ele pudesse vir a ser aliado nesse processo. Melhor lidar com esse novo quadro do que quadro mais obscuro. [...] Acho que a Marina sai perdendo, apesar de fazer todo o discurso da nova política, porque vai se aliar com partido que tem forma bastante tradicional de fazer política. [...] Eu falo que é uma eleição que se decide no primeiro turno, que vai se polarizar, agora, se polarização vai ser com ele, é outra discussão. Quem sai perdendo muito é um Aécio. Como a Dilma esta a frente, tende a ser beneficiária [...]. [A aliança] Foi surpresa absoluta e total".
 
José Dirceu, ex-presidente do PT
"Essa mudança do quadro eleitoral não é necessariamente contra a presidenta Dilma Rousseff e o PT. Pode ser que Aécio Neves seja o principal perdedor. Basta avaliar o novo cenário, se tudo se confirmar no final do prazo legal", em seu blog.
 
José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara
"O quadro fica cada vez mais favorável para Dilma. Quanto menos candidaturas, mais votos agregamos para a presidente. Não altera em nada nossa estratégia. Se tiver segundo turno, é com Dilma e Aécio. Aí vamos apoiar procurar Eduardo e Marina para nos apoiarem".
 
Luiza Erundina (PSB-SP), deputada federal
"A dobradinha entre Eduardo e Marina deve assustar. Potencializa o nosso projeto de país. Certamente, vamos ampliar a militância, o diálogo com a sociedade e vamos gerar uma expectativa no eleitorado. Essa nova articulação de forças vai mudar o eixo da política".
 
Roberto Freire (SP), presidente do PPS
"Hoje, abdicar de uma candidatura no campo da oposição é um grave equívoco. Dissemos isso com todas as letras [a Marina]".
 
Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Câmara
"É uma articulação extremamente inteligente por parte do governador. Ele conseguiu, com sua articulação e entendendo o momento político, aglutinar o sentimento da população brasileira, aquilo que a população deseja em torno de uma campanha. Em vez de fazer troca de apoio por ministérios, conseguiu inovar trazendo pessoas comprometidas com mudanças da prática política [...]. Ele conseguiu tirar a política da mesmice e focar o futuro para compor grande governo de coalizão, em que o ponto de concórdia é a ética, a dignidade, a transparência [...]. Eu vou trabalhar para poder, cada vez mais, construir um grupo de partidos simpatizantes e de apoio. E dentro do meu partido sempre defendi a candidatura do Eduardo Campos. Acredito nesse projeto do Eduaardo Campos, e acho que essa articulação feita por ele hoje foi de muita maturidade, inteligência e convergência com o sentimento popular".
 
Valdir Raupp (RO), senador e presidente interino do PMDB
"São coisas da política e tem que encarar com naturalidade. Não muda o quadro [das eleições em 2014], porque a Marina, se for na cabeça - como candidata a presidente - é uma coisa, se for vice, é outra. Não acredito que ela vá puxar os votos que teria na candidatura a presidente, pois perde um pouco o interesse, a vibração, do eleitor que ia votar nela. Além disso, ela tem hoje três vezes ou quatro o percentual do Eduardo Campos nas pesquisas de intenção de voto. É meio esquisito uma aliança quando o candidato que está na frente sai de vice. Acho que facilita [para a Dilma] ganhar no primeiro turno ano que vem. Se ela tinha dificuldade para primeiro turno com três candidatos, agora com dois fica mais fácil".
 
Wellington Dias (PI), líder do PT no Senado
"Já tínhamos expectativa de Eduardo Campos ser candidato e a Marina também, embora o PT alimentasse a possibilidade de o PSB repensar e não lançar a candidatura, de sairmos juntos - pois o PSB tem aliança histórica com o PT [...]. O PSB entregar os cargos no governo e agora fazer essa aliança só reforça a candidatura do partido [PSB]. São duas forças que já estavam posicionadas com candidaturas em palanques separados. Mas temos uma boa relação de respeito tanto com Eduardo Campos quanto com a Marina e vamos manter. No PT aprendemos que temos que cuidar do principal para nós, que é para o projeto de desenvolvimento de Brasil".

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