segunda-feira, 21 de outubro de 2013

MULHER QUE ESTAVA NA PE-300 VIU EXECUÇÃO E PODE ELUCIDAR ASSASSINATO

Folha de Pernambuco

Uma testemunha chave, que deve ter visto toda a dinâmica da execução do promotor Thiago Faria Soares, de 36 anos, está sendo procurada pela polícia estadual. Essa pessoa é uma mulher, que estaria em um ponto de lotação, às margens da PE-300, à espera de transporte para ir à feira pública de Águas Belas. Ela estaria a cerca de 150 metros do trecho em que o promotor foi executado, distância razoável para ver a ação com clareza.

O relato dela seria essencial para se excluírem dúvidas sobre como se deu o crime, quantas pessoas participaram do assassinato, e como a advogada Mysheva Ferrão Martins, a noiva de Thiago, e o tio dela, Audautivo Martins, conseguiram sair ilesos do atentado. A mulher foi identificada por uma das câmeras instaladas na PE-300. Até o momento, a advogada tem sido a única testemunha a ter informações sobre a execução.

De acordo com a perita criminal Kátia Cenira, a distância que se encontrava essa testemunha - 150 metros - é suficiente para identificar o modelo do carro envolvido na emboscada, quantos eram os executores e como Mysheva e o tio saíram do veículo do promotor. “O rosto só poderia ser reconhecido se fosse alguém do convívio dela, mas o corpo, as roupas e a entonação da fala podem ser identificados”, exemplificou.

Além do promotor e a noiva, apenas o tio dela, Adautivo, estava no veículo que foi alvejado há oito dias.
Apesar de ter presenciado tudo, as informações dele foram evasivas, já que o homem tem problemas mentais. “Ele já foi ouvido, mas o que disse é muito genérico, só que abriu a porta e saiu correndo”, contou o presidente do inquérito policial, o delegado Rômulo Cezar.

Os relatos da advogada, que já prestou três depoimentos durante a semana passada, estão sendo checados pela polícia para descobrir como teria acontecido, realmente, a sequência do atentado: de que maneira ela teria saído do carro; quem a teria socorrido, se Mysheva teria ajudado o tio a sair do local do crime, e como teria conseguido chegar à cidade.

“Esta mulher (a que estava à espera de uma condução) teria visto tudo do início ao fim”, comentou Cezar sobre a testemunha da rodovia. A ela se somariam outras duas pessoas que também passaram pela estrada, mas que só viram algo, depois que o primeiro tiro foi disparado, ou seja, não acompanharam a sequência da perseguição e a emboscada..

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