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O novo presídio de Craíbas já tem data para ser inaugurado: dia 13 de
novembro. Projetado para abrigar presos de alta periculosidade em
Alagoas, a nova unidade terá uma despesa mensal de mais de R$ 2,5
milhões, o equivalente a R$ 3,2 mil com cada preso. O valor é quase o
dobro do que é gasto hoje nas unidades prisionais existentes, que gira
em torno de R$ 1800 mensais por preso.
As informações foram apresentadas nesta segunda-feira (4) ao Conselho
Estadual de Segurança (Conseg), pelo coronel Marcos Sérgio, novo
superintendente de Administração Penitenciária. Segundo ele, o presídio
será administrado em sistema de cogestão com a iniciativa privada.
"A empresa Reviver Administração Penitenciária vai fornecer serviços
de assistência material, jurídica e de saúde, mas a administração é do
Estado. É uma cogestão, e a empresa vai fazer, por exemplo, o
monitoramento dos detentos e a limpeza do presídio", explicou Marcos
Sérgio.
Além dos R$ 2,5 milhões que serão repassados à empresa para que ela
cumpra os serviços previstos no contrato, ainda existem os custos dos
serviços que continuarão sendo executados pelo Estado, que inclui o
monitoramento da área externa ao presídio, a custódia dos presos, o
cumprimento de alvarás e a utilização de armamento. Este valor ainda não
foi definido.
Questionado pelo presidente do Conselho, juiz Maurício Breda, sobre o
tipo de preso que será internado no presídio, o superintendente
garantiu que serão transferidos apenas os presos por delitos graves. "O
presídio de Craíbas vai receber os presos mais problemáticos, avessos à
disciplina", afirmou.
O presídio
O novo presídio de Craíbas tem como finalidade ampliar o número de
vagas no Sistema Penitenciário Alagoano, diminuir o déficit carcerário
do estado e possibilitar o acolhimento de reeducandos do Presídio de
Segurança Média de Arapiraca, além de atender também à demanda de
delegacias do interior do Estado.
O orçamento total da obra é de R$ 34,5 milhões, disponibilizado para o
Tesouro do Estado a partir do Banco Nacional de Desenvolvimento
(BNDES).
A construção do presídio começou em dezembro de 2012 e utilizou,
segundo a Secretaria da Defesa Social, “o que existe de mais moderno no
País com relação à parte estrutural de presídios”.
Estrutura
Construída com materiais pré-moldados quatro vezes mais resistentes
que os utilizados nas construções convencionais, a unidade vai contar
com 789 vagas, sendo 768 coletivas, 20 individuais e uma para portador
de necessidades especiais.
“As estruturas pré-moldadas apresentam alta resistência, pois têm em
sua composição uma mistura feita de concreto e fibra de vidro. Além
disso, são muito práticas porque já vêm equipadas com chuveiro,
sanitário e cama”, explicou Marcos Glimm, engenheiro da empresa Verdi,
responsável pela obra.
Além das celas, o presídio terá as seguintes estruturas: seis
oficinas de trabalho; um bloco para visitas íntimas com salão
polivalente e brinquedoteca; um módulo de saúde para realizar
atendimentos; um módulo de triagem ou inclusão; além de cozinha e
lavanderia.
As instalações contam ainda com um canil para onze cães, bloco
administrativo, bloco de revista, recepção e local para visitas. Na
parte externa ficam as guaritas, quatro torres de controle, depósito de
lixo, subestação de gerador, área para armazenagem de gás liquefeito de
petróleo (GLP, o gás de cozinha), reservatório e estação de tratamento
de esgoto.
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