FolhaPE
A vereadora recifense Priscila Krause (DEM) questionou, ontem, um aumento de R$ 64 milhões nos custos de construção da Via Mangue, baseada em documentos fornecidos pela própria Prefeitura do Recife. Estimado inicialmente em R$ 319,8 milhões, o novo equipamento, previsto para ser inaugurado em abril de 2014, sete meses após a data acordada, custará aos cofres públicos R$ 383,45 milhões. No próximo dia 5 de abril, uma audiência pública discutirá o projeto na Câmara dos Vereadores.
O acréscimo foi verificado após a democrata solicitar e obter da atual gestão informações sobre o andamento das obras. De acordo com a oposicionista, atualmente, somados ao contrato da Via Mangue existem dois aditivos assinados. “Existem dois aditivos que, juntos, somam R$ 64 milhões ao valor final da obra”, afirmou Priscila. Após analisar detalhamente as informações sobre a obra, a democrata concluiu ainda que as intervenções andam a passos lentos, com apenas 43% das obras concluídas a seis meses do prazo de entrega (oficial), que seria setembro deste ano.
Ao ser informado da denúncia feita pela parlamentar, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), procurou afastar a responsabilidade da sua gestão sobre os termos aditivos. Jogando os holofotes da polêmica no ex-prefeito João Costa (PT), mesmo sem citar o seu nome, o socialista apontou que os aditivos foram herdados da gestão passada. “Não é um aditivo novo que eu vou fazer. Foi aditado no ano passado”, colocou, após apresentação da Orquestra Cidadã, no Teatro de Santa Isabel, ontem. O gestor ainda declarou que não há nenhuma previsão de fazer reajuste no valor da obra na sua administração. De acordo com Geraldo Julio, sua equipe ainda está negociando com a empresa responsável pela obra um novo prazo de entrega da Via Mangue.
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