FolhaPE
A exemplo das grandes metrópoles do País, Caruaru, no Agreste
pernambucano, passa por uma série de modificações periodicamente. O
aumento demográfico e o crescimento econômico além das melhorias,
acarretam também em alguns transtornos. Um dos ônus advindos do
desenvolvimento estão com os dias contados na cidade. O município foi
contemplado com R$ 250 milhões, provenientes do Governo do Estado, por
meio dos R$ 33 bilhões da segunda etapa do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC 2) para serem investidos na mobilidade urbana. Desse
montante, mais da metade será direcionado para a construção do primeiro
corredor de trânsito rápido para ônibus, conhecido com BRT (Bus Rapid
Transit) que surgirá como solução para desafogar o trânsito do
município.
O BRT funcionará como uma linha de trem, que não utiliza trilhos, mas
ônibus em faixa exclusiva, onde os pontos de embarque e desembarque
funcionam quase como uma estação. Nos equipamentos distribuídos pelo
trecho, haverá bilheterias onde o usuário pagará o valor pelo transporte
previamente. De acordo com o secretário de Projetos Especiais da
prefeitura, Paulo Cassundé o esquema será muito parecido com o Metrô do
Recife. “É o que estamos chamando de Metrô com pneus. Seguirá a mesma
mecânica de funcionamento. Não será necessário o cobrador porque as
passagens serão pré-pagas e isso simplificará e agilizará todo o
processo. Haverá informações eletrônicas dos horários e chegadas dos
ônibus, nas estações e dentro dos veículos”, informou.
A verba para a construção já foi liberada. A previsão é de que as obras
tenham início em 16 meses. “Tem toda a tramitação legal necessária. Após
esse primeiro momento, as obras iniciarão e acredito que em cerca de
quatro anos esteja pronta”, afirmou o secretário. O corredor terá
capacidade para atender cerca de 40 mil pessoas por hora. Dentro do
projeto preliminar, existe a inclusão de integrações com outros meios de
transporte, principalmente os terminais de lotações. Cerca de R$150
milhões serão destinados ao BRT e para a construção de uma ciclovia às
margens da linha do BRT, nos dois sentidos. Os outros R$100 milhões
serão para demais serviços de mobilidade urbana, como pavimentação de
ruas e avenidas e obras de acessibilidade.
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