quarta-feira, 15 de maio de 2013

FORÇA SINDICAL AMEAÇA NÃO DAR APOIO À REELEIÇÃO DE DILMA

Agência O Globo

O presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (PDT-SP), ameaçou nesta terça-feira (14) não dar apoio à presidente Dilma Rousseff em sua campanha pela reeleição, no ano que vem, caso ela não cumpra as reivindicações das centrais sindicais. Ele afirmou que a presidente se comprometeu em acabar com o fator previdenciário e reduzir a jornada de trabalho quando estava em campanha pela Presidência, em 2010, mas até hoje não cumpriu.

"Ela tem que cumprir o que ela falou que ia fazer, pra poder ter apoio. Caso contrário, como é que a gente ganha voto pra ela se ela não cumpre o que ela fala?", questionou o deputado.

Ele disse estar confiante de que a presidenta ainda atenda a essa "pauta histórica" dos trabalhadores, justamente porque as eleições estão se aproximando: "Está chegando a eleição, né? Perto das eleições o político fica com o coração mais mole. Nós vamos insistir na pauta histórica. Essa pauta ela (Dilma) recebeu antes de ser eleita e eu espero que ela possa cumprir. Porque ela se comprometeu com essa pauta. Se ela não cumprir, tem eleição a favor e contra".

Embora o governo não tenha se manifestado sobre os dois principais pontos reivindicados pelos sindicatos, os representantes das centrais saíram otimistas da reunião que tiveram com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência). Uma nova reunião foi marcada para 11 de junho, quando os sindicalistas voltarão a insistir sobre o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho. Na próxima reunião, o governo se comprometeu em tratar da terceirização e da regulamentação dos novos direitos das domésticas.

"O governo reabre a negociação com as centrais sindicais. Isso é essencial", disse Wagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Paulinho participou de reunião com Gilberto Carvalho e com outros dirigentes de centrais sindicais no Palácio do Planalto. O encontro foi marcado pelo governo para reabrir as negociações com os trabalhadores. As principais demandas dos sindicalistas são o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, aumento para os aposentados e correção da tabela do Imposto de Renda.

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