Agência O Globo
O presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (PDT-SP),
ameaçou nesta terça-feira (14) não dar apoio à presidente Dilma Rousseff
em sua campanha pela reeleição, no ano que vem, caso ela não cumpra as
reivindicações das centrais sindicais. Ele afirmou que a presidente se
comprometeu em acabar com o fator previdenciário e reduzir a jornada de
trabalho quando estava em campanha pela Presidência, em 2010, mas até
hoje não cumpriu.
"Ela tem que cumprir o que ela falou que ia fazer, pra poder ter apoio.
Caso contrário, como é que a gente ganha voto pra ela se ela não cumpre o
que ela fala?", questionou o deputado.
Ele disse estar confiante de que a presidenta ainda atenda a essa "pauta
histórica" dos trabalhadores, justamente porque as eleições estão se
aproximando: "Está chegando a eleição, né? Perto das eleições o político
fica com o coração mais mole. Nós vamos insistir na pauta histórica.
Essa pauta ela (Dilma) recebeu antes de ser eleita e eu espero que ela
possa cumprir. Porque ela se comprometeu com essa pauta. Se ela não
cumprir, tem eleição a favor e contra".
Embora o governo não tenha se manifestado sobre os dois principais
pontos reivindicados pelos sindicatos, os representantes das centrais
saíram otimistas da reunião que tiveram com o ministro Gilberto Carvalho
(Secretaria-Geral da Presidência). Uma nova reunião foi marcada para 11
de junho, quando os sindicalistas voltarão a insistir sobre o fim do
fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho. Na próxima
reunião, o governo se comprometeu em tratar da terceirização e da
regulamentação dos novos direitos das domésticas.
"O governo reabre a negociação com as centrais sindicais. Isso é
essencial", disse Wagner Freitas, presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT).
Paulinho participou de reunião com Gilberto Carvalho e com outros
dirigentes de centrais sindicais no Palácio do Planalto. O encontro foi
marcado pelo governo para reabrir as negociações com os trabalhadores.
As principais demandas dos sindicalistas são o fim do fator
previdenciário, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial,
aumento para os aposentados e correção da tabela do Imposto de Renda.
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