Folha de Pernambuco
A terra voltou a tremer no Agreste pernambucano na noite de ontem.
Vários moradores de Belo Jardim, localizada a cerca de 190 quilômetros
do Recife, ficaram assustados com um abalo sísmico sentido por volta das
20h30. O fenômeno, segundo os moradores, foi mais forte do que os
terremotos sentidos na região costumeiramente. Como ontem foi feriado de
Corpus Christi, o Departamento de Sismologia da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN), que monitora a região, não divulgou
informações, mas deve fornecer hoje os dados de magnitude e o epicentro
do abalo.
“Parecia que estava passando um trator por baixo da casa. Não deu tempo
nem de correr porque foi muito rápido”, contou a aposentada Teresinha
Coutinho. A dona de casa Maria do Carmo Barbosa estava sentada na
calçada de casa, no bairro de São Pedro, quando ocorreu o estrondo.
“Senti uma coisa estranha. Pensei que era algo caindo dentro de casa. De
repente, minha neta, que estava no computador, correu para fora da casa
e outros vizinhos também foram em direção à praça”, disse. Com medo de
permanecer dentro de casa, muitos moradores foram às ruas da cidade.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, não houve chamados de feridos pelo
terremoto e não houve informes sobre desmoronamento.
O técnico do Departamento de Sismologia da UFRN, Eduardo Alexandre,
comentou que a área onde está situada a cidade de Belo Jardim já é
monitorada por sismógrafos. “Há dois equipamentos, sendo um em Caruaru e
outro em São Caetano”, disse. Segundo ele, os fenômenos no Agreste são,
em geral, de pequena magnitude e muitas vezes sequer são percebidos
pela população. O último abalo sentido por moradores da região ocorreu
em Tacaimbó, cidade vizinha à cidade de Belo Jardim. O incidente foi
registrado há pouco mais de um mês.
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