O Estado de Minas
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao Supremo
Tribunal Federal (STF) a retirada da acusação de estelionato contra o
deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP). Para o procurador, a denúncia
apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul não se
sustentou com a análise mais detalhada dos fatos.
O presidente da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados era acusado de ter
enganado uma produtora de eventos em São Gabriel (RS) em 2008. Segundo o
Ministério Público, ele foi contratado por R$ 13 mil para um culto
religioso, mas não compareceu ao evento.
Depois de ouvir
testemunhas e de reunir provas, Gurgel constatou que o parlamentar não
gerenciava sua agenda e que ele não tinha conhecimento do compromisso.
De acordo com o procurador-geral, tanto os depoimentos da contratante
quanto de outras testemunhas envolvidas indicam que as negociações eram
feitas por um assistente.
“Não se provou que o acusado pretendeu
obter para si vantagem ilícita, mediante simulação de contrato”, conclui
Gurgel. Para o procurador, não ficou claro quem descumpriu o contrato
comercial primeiro e a questão deve ser resolvida apenas na esfera
cível.
Mesmo com o pedido de absolvição, Feliciano não fica
automaticamente livre da ação penal. O caso ainda deverá ser analisado
pelo relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski.
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