Agência Estado
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse em entrevista à revista
Veja desta semana que o PT deve apoiar o atual governador de
Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nas eleições presidenciais de 2018.
“Eduardo pode ser a alternativa para 2018: o grupo se mantém na
Presidência, mas com outro partido. É melhor entregar para um aliado do
que perder para um adversário ou um ex-aliado. É disso que eu tento
convencer o PT, mas não está fácil”, disse. Ele também avaliou que a
presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves e Marina Silva devem
estar disputando as eleições presidenciais em 2014.
Wagner disse que o Brasil está evoluindo desde o Plano Real, e que a
presidente Dilma tem de deixar o País mais competitivo agora. “O país
está em evolução, é um grande processo. Não dá para falar que tudo
começou com o PT, é uma burrice não reconhecer o que outros fizeram. O
alicerce foi feito pelo FHC, muitos tijolos foram colocados pelo Lula e
outros estão sendo assentados pela Dilma”.
Para 2014, Dilma já tem o time que tocará seu comitê de campanha. O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como esperado, será o principal
articulador, agora em escala muito maior. Logo abaixo dele estará o
ministro Aloizio Mercadante (Educação), que tende a ser o
coordenador-geral do comitê. Com o marqueteiro João Santana, o
presidente do PT, Rui Falcão, e o chefe de gabinete presidencial, Giles
Azevedo, esse é o que pode se chamar de núcleo central da futura
campanha petista.
Outro nome que passou a figurar na lista é o do secretário do Tesouro,
Arno Augustin. Segundo a reportagem apurou, ele deve integrar a
coordenação da campanha de Dilma. A definição dos nomes do futuro comitê
dilmista é monitorada de perto pelo mundo político e empresarial.
Afinal, a equipe de uma eleição tende a se tornar o futuro time de
governo em caso de vitória. Entre os nomes da campanha, Mercadante e
Augustin são tidos como certos na futura equipe ministerial se Dilma for
reeleita. São cotados para Casa Civil e Fazenda em um eventual segundo
mandato.
EDUARDO
Virtual pré-candidato ao Palácio do Planalto, o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos (PE), afirmou no sábado que não é o momento
de “antecipar o debate sucessório de 2014“.
Presidente do PSB, Campos indicou que só vai definir se disputará a
Presidência em 2014 após uma ampla consulta à base do partido. O
governador ainda retomou o discurso de independência do PSB afirmando
que sua legenda não é “satélite de nenhum partido” e que “não temos
relação de submissão com ninguém”.
Nos últimos dias, Campos optou por se recolher e evitou participar de
eventos nacionais. A nova postura - após meses de exposição e críticas
veladas ao governo Dilma Rousseff - inflou avaliações de que poderia
desistir da corrida presidencial. Essa hipótese teria sido expressada
pelo ex-presidente Lula em conversas com Dilma e aliados. “Não é um ano
de eleitoralizar o debate, antecipar o debate sucessório de 2014.
Vamos
ter muito tempo para isso em 2014. O PSB vai tomar a decisão que cabe ao
PSB tomar com companheiros do PSB participando, escutando a base do
partido no Brasil inteiro, no tempo certo que é 2014, como sempre
fizemos”, disse Campos.
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