Foto: Roberto Stuckert/ABr |
FolhaPE
A presidente Dilma Rousseff deu prazo de um mês para que o Governo, em parceria com o setor privado, elabore uma lista de 30 produtos essenciais que, se comprados com defeito, precisam ser trocados na hora. A medida é parte do pacote lançado ontem pelo Governo Federal na tentativa de aumentar os direitos do consumidor e cobrir lacunas na legislação escancaradas com o aumento do consumo de massa no Brasil.
“Essas medidas não são contra um ou outro, mas sim a favor de todos”, disse a presidente Dilma Rousseff, em cerimônia no Palácio do Planalto, defendendo ainda que as agências reguladoras também respeitem prazos. “Não é possível que um serviço público brasileiro não tenha compromisso com prazo”, enfatizou. Por decreto da presidente Dilma, produto vendido pela internet precisa ter assistência técnica e ficam estabelecidos prazos para trocas e reclamações.
Os principais focos do decreto são: forçar a prestação de informações claras ao comprador, exigir cumprimento de prazos para entrega e fixar regras claras de pós-venda, como tempo de garantia e troca de produto com defeito. Também vai obrigar bancos oferecerem pacote de serviços padronizados.
Desde dezembro de 2011, estava na mesa da presidente o projeto que fortalece os Procons estaduais e o que dá autonomia aos órgãos regionais. Ambos haviam sido avalizados pela Casa Civil. Mas só agora o Governo vai enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei que permitirá os Procons determinarem a restituição das cobranças indevidas, substituição ou reparação dos produtos. Assim, os Procons terão poderes para finalizar acordos entre compradores insatisfeitos e fornecedores, sem necessidade de recurso judicial. “Esse plano não será possível se não tivermos uma clara articulação com o Poder Legislativo“, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O pacote lançado ontem também promete redução de conflitos e mais proteção dos clientes de bancos e de companhias aéreas, além dos usuários de telefonia e de planos de saúde - serviços regulados pelo Governo Federal. Também foi apresentado como prioridade a garantia de direito de turistas nacionais e estrangeiros.
O plano cria ainda um conselho pelos chefes das pastas da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Fazenda, Guido Mantega; do Planejamento, Miriam Belchior; e do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; além da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. A meta, além de formular ações e discutir medidas, será acompanhar o cumprimento de todas as medidas previstas. E prevê câmaras técnicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário